Por Rudolfo Lago - Portal Congresso em Foco
No final da noite desta segunda-feira (13), o futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, concedeu entrevista ao lado do futuro diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e do secretário de Segurança do Distrito Federal, Júlio Danilo Souza Ferreira. Os três garantiram que, naquele momento, os atos de vandalismo dos golpistas bolsonaristas tinham cessado e as ruas de Brasília estavam pacificadas.
“A mensagem mais importante que devemos passar é que os que desejam o caos não venceram”, disse Flávio Dino. “E não vencerão”, completou. Segundo Dino, desde antes já havia uma atuação permanente contra esse tipo de ato. E a própria baderna de hoje era uma reação a uma prisão ocorrida em decorrência das ações de investigação e contenção dos atos, que prendeu o suposto cacique indígena Tsererê.
Segundo Flávio Dino, durante todo o tempo, as ações foram coordenadas entre o novo governo, o governo do Distrito Federal e a Polícia Federal. “A ordem foi restabelecida”, assegurou Júlio Danilo. “Não vamos tolerar esse tipo de ato”.
O secretário de Segurança, porém, não se comprometeu a tomar medidas para desfazer o acampamento bolsonarista que há mais de um mês instalou-se em frente ao Quartel-General do Exército e que provavelmente é o centro de onde saíram os baderneiros. “A questão do acampamento será reavaliada”, afirmou. Segundo ele, seriam necessárias mais investigações para estabelecer de fato uma relação entre o acampamento e os atos de violência desta segunda-feira.
Segundo Flávio Dino, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva acompanhou todo o desenrolar á distância, sendo informado de cada passo das tratativas que envolveram Polícia Federal e o GDF. O futuro ministro da Justiça afirmou que as investigações prosseguirão, até que todos os responsáveis sejam encontrados e punidos.
AUTORIA
RUDOLFO LAGO Diretor do Congresso em Foco Análise. Formado pela UnB, passou pelas principais redações do país. Responsável por furos como o dos anões do orçamento e o que levou à cassação de Luiz Estevão. Ganhador do Prêmio Esso.
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