Rafaela Maximiano - Da Redação
A queda do número de votos brancos e nulos nas eleições do dia 2 de outubro pode ser resultado da polarização política que o país vive e foi o grande diferencial dessas eleições.
O pleito deste ano teve o menor percentual de votos nulos e brancos para presidente -2,8% de nulos e 1,6% de brancos, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em comparação às eleições de 2002.
Em relação ao pleito de 2018, houve queda de mais de 50% e 30%, respectivamente.
A análise é do professor e advogado, Hélio Ramos, que atualmente é também presidente da Comissão de Direito Eleitoral da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Mato Grosso (OAB-MT), e acompanhou pessoalmente todo o dia de votação e a apuração dos votos.
“Mostra que as pessoas que antes se abstinham de votar ou votavam branco e nulo, saíram de casa para decidir. E isso é um fato a ser considerado inclusive para o segundo turno”, avalia.
Outro ponto que não deve ser esquecido na disputa de segundo turno à presidência da República, na sua avaliação, é de como irão se comportar os eleitores dos demais candidatos. “Como irão votar os eleitores da Simone, do Ciro, do Padre e dos demais. As pesquisas irão dizer”.
Hélio Ramos ressalta o assunto “pesquisas”, pois acredita que estão “exagerando” ao afirmarem que as pesquisas erraram e que devem ser suas metodologias revistas ou criadas Comissões Parlamentares de Inquérito para investigações.
“Primeiro que uma CPI não cabe pois são empresas privadas que fazem esse trabalho. Segundo, as pesquisas seguem metodologias científicas, dados matemáticos e acabam dando apenas uma projeção. Aqui em Mato Grosso as pesquisas acertaram quanto à reeleição do governador Mauro Mendes”, explicou Hélio Ramos acrescentando que “o problema atualmente é que as pessoas não querem aceitar algo diferente da opinião delas”.
Quanto à renovação dos parlamentares na bancada federal de Mato Grosso, Hélio Ramos avalia como positiva. “A renovação é sempre boa e independente de um parlamentar eleito ser de determinada região, ele tem que trabalhar para todo o Estado. Destaque para as duas novas parlamentares mulheres que compõem a bancada”, pontuou.
Já em relação à Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Ramos criticou a eleição de apenas uma mulher e lembrou que se manteve a renovação de 20 a 25% das últimas eleições.
“A maioria do eleitorado mato-grossense é feminino, então fica a crítica pois precisávamos de mais mulheres na Assembleia. Quanto à governabilidade, Mauro Mendes terá que ter habilidade – apesar de ter uma bancada grande e favorável na Casa de Leis – terá que se desdobrar para realizar grandes obras a exemplo do Hospital Regional e da BR-163. Pois ele será cobrado”, alertou.
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