
"Foi um momento de muita alegria, cor, vida, mas também um momento de reflexão. A gente ainda percebe muito preconceito, discriminação e é preciso lutar todo dia contra isso. Precisamos fazer com que os direitos humanos prevaleçam, que não exista diferença entre as pessoas. É preciso pregar a igualdade, fraternidade entre as pessoas. A parada traz muito disso, precisamos contribuir para uma sociedade mais humana", disse a médica e pré-candidata ao Senado Federal, Natasha Slhessarenko (PSB) - durante evento de lançamento da 19ª Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Mato Grosso.
Natasha prestigiou o evento na noite desta sexta-feira (1º) - realizado no Cine Teatro Cuiabá, sendo marcado por apresentações artísticas e homenagens à rainha da Parada, in memorian, Hend Santanna. A cantora, atriz, ativista gorda, mulher trans faleceu vítima de uma parada cardiorrespiratória em maio deste ano.
Confira mais informações, conforme a assessoria da pré-candidata:
Em ano eleitoral, o movimento discute o peso do voto para mudar a realidade de violência vivida pela comunidade. Mato Grosso ainda é o segundo estado do Brasil que mais mata pessoas trans a cada 100 mil habitantes. Dados apresentados pela organização do evento mostram que dos 156 crimes cometidos contra a comunidade LGBTQIA+ em Mato Grosso no último ano, 87% foram contra pessoas negras.
Diante disso, o lema desta edição é "Pelo direito de existir, vote com orgulho". A parada acontece no dia 26 de agosto, às 15 horas, na Praça 8 de Abril. A expectativa é mobilizar 50 mil pessoas. Para o rei da parada deste ano, Daniel Vitor Abreu – presidente da União da Juventude Socialista de Mato Grosso e conselheiro estadual de educação -, esta edição traz um tema importante e que merece reflexão.
"Todos precisamos nos posicionar, ter lado. Devemos estar ao lado de quem caminha com a gente. Precisamos ser inseridos na sociedade. Temos vida, família e voto. Precisamos de quem defenda as nossas pautas. Estamos desabrigados de políticas públicas. Necessitamos de um de nós lá dentro. Vamos construir uma luta para além da parada. O movimento esse ano encerra apenas em 2 de outubro".
A rainha da 19ª Parada do Orgulho LGBTQIA+, Christiany Fonseca – professora e secretária-adjunta de Direitos Humanos de Cuiabá – ponderou que não é preciso ser LGBTQIA+ para lutar contra a LGBTfobia e destacou que sua luta começou ainda no contexto estudantil, na qualidade de professora, quando se deparava com alunos que sofriam violência por sua orientação sexual. Além de violências físicas, como "estupros para correção", havia ainda a violência psicológica. Para exemplificar, houve um pai que disse que preferia ter o filho lutando contra o câncer do que saber que ele era gay.
Para Thaís Brazil, que ocupou a função de Rainha da Parada em 2021, a eleição deste ano deve ser marcada como a última em que o sangue e o corpo da população LGBTQIA+ serviu para eleger certas figuras. "É uma vergonha usar um corpo político como o nosso como palco deles. Vamos subir no palco para celebrar, mas principalmente para tirar dos espaços de poder pessoas que fazem chacota da nossa existência".
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