Regina Botelho
Após uma carreira calcada principalmente em ações legislativas mas que se transformaram em benefícios para Mato Grosso e suas cidades e consequentemente sua população, o senador Wellington Fagundes (PL), está saindo da condição de candidato à reeleição a única vaga para o Senado em disputa, para favorito e com possibilidades de galgar até mesmo o Governo do Estado.
Toda essa reviravolta nas eleições de 2022 foi em decorrência da filiação do presidente Jair Bolsonaro ao partido de Wellington Fagundes, o PL.
Enquanto tentava se demonstrar como candidato viável para compor a chapa com o governador Mauro Mendes (UB), que já conversava e sinalizava pela candidatura de Neri Geller (PP) por causa do apoio do MDB - leia-se de líderes como Carlos Bezerra, Wellington Fagundes aparecia apenas como mero candidato mesmo tendo seis mandatos (consecutivos) de deputado federal e o atual de senador.
Só que a chegada de Bolsonaro ao PL e a força do mesmo em Mato Grosso capitalizou tanto o nome de Wellington Fagundes que o mesmo aparece em recente pesquisa de intenção de votos, realizada pelo Instituto Avaliar de Antero Paes de Barros e Gonçalo Aparecido Barros como favorito para o Senado, mas também disputando em igualdade de condições com o governador Mauro Mendes em uma eventual necessidade do presidente Bolsonaro precisar de um palanque em Mato Grosso.
Assim, Wellington Fagundes estando na chapa como candidato à reeleição, avalizaria o nome do governador Mauro Mendes nas costuras com Bolsonaro para uma eventual reeleição ao comando do Palácio Paiaguás.
Nos bastidores, as informações pontuam um campo em que líderes do grupo de Mendes também levam em consideração a "força política" de Fagundes - e tentam compor com Neri Geller uma nova construção, porém ainda em fase de "análises".
O perfil municipalista de Fagundes é outro aspecto que lhe confere destaque. Já o condão de ser reconhecidamente um dos principais líderes de Mato Grosso com trânsito e habilidade para compor estratégias, até mesmo na seara do mais "improvável" - balizam um terreno fértil para novos projetos, politicamente falando.
Confira levantamento de ações à cargo da atuação do senador - conforme a Comunicação do parlamentar:
· Autor da lei que deu origem ao Estatuto do Idoso e autor da lei que definiu o dia 01 de outubro como ia do idoso.
· Grande nome na criação da Universidade Federal de Rondonópolis, permitindo também o aumento dos profissionais de medicina nos hospitais universitários; e o que garantiu o pagamento de R$ 6,5 bilhões do FEX (Fundo de Amparo às Exportações) a Mato Grosso.
· Foi presidente da Comissão Especial do Pantanal e autor do Estatuto desse bioma.
· Também foi coautor do projeto de Lei que garante direitos aos monoculares, autor do projeto que assegura continuidade da Lei Aldir Blanc (auxílio para o setor da Cultura durante a pandemia), e do projeto que autoriza fábricas veterinárias a produzirem vacinas contra a COVID-19 em tempo recorde.
· No último ano, 14 municípios de Mato Grosso receberam equipamentos para fortalecer as ações dos conselhos de Promoção da Igualdade Racial.
· Os kits, que incluem veículos, computadores e equipamentos de som, foram viabilizados por Wellington e entregues pelo Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos e Secretaria Nacional.
Hoje, luta pela aprovação e sanção de outros projetos prioritários:
1) Ressarcimento ao SUS pelo tratamento de vítimas de acidentes causados por condutores sob influência de álcool ou drogas;
2) Autorização para utilização de recursos do Fundo Nacional para a Criança e Adolescente para auxiliar o acolhimento familiar ou institucional na pandemia;
3) Autorização para a transformação do Campus da UFMT em Sinop na Universidade Federal da Região Norte de MT;
4) Reserva de, ao menos 30% das cadeiras de Deputado Federal, Estadual, Distrital e Vereador para mulheres;
5) O que regulamenta dispositivos constitucionais relativos à reforma agrária;
6) O que prorroga de dívidas do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF); e
7) Projeto que traça diretrizes de segurança e resgate para animais em áreas de risco e na gestão pós-calamidades.
Foi relator da Comissão Temporária do Senado, designada para acompanhar as ações de enfrentamento à Covid-19, na qual defendeu a utilização dos laboratórios de saúde animal na produção de 400 milhões de doses de vacinas para o Programa Nacional de Imunização.
Saúde | Pandemia
1. Liderou a força tarefa que assegurou os recursos para conclusão do novo Pronto Socorro de Cuiabá
2. Retomada das obras do Hospital Universitário Júlio Muller, paralisadas há mais de seis anos, com recursos na conta do Governo
3. Apoio para renegociação de dívidas e garantia de funcionamento das Santa Casas de Cuiabá e Rondonópolis
4. Relator da Comissão Temporária da Covid-19 no Senado
5. Atuação para assegurar logística para distribuição de alimentos, combustíveis e medicamentos na pandemia
6. Articulação e aprovação do Projeto de Lei que permite uso das plantas industriais de saúde animal para produção de 400 milhões de doses de vacinas anticovid-19
7. Ações para garantir 20 respiradores para Rondonópolis
8. Atuação em defesa e proteção dos indígenas de MT contra Covid
9. Garantia de recursos para o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação para financiar desenvolvimento de imunizantes 100% nacional
10. Articulação para aprovação do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), que salvou empregos na pandemia, e se transformou em política permanente de Estado.
11. Autor do projeto que prorrogou os efeitos da Lei Aldir Blanc, que prevê auxílio financeiro a artistas e aos operadores da cultura
12. Proposta que institui um novo programa de regularização tributária para micro e pequenas empresas que estão em débitos com tributos federais, estaduais e municipais no âmbito do Simples Nacional
Experiência política como parlamentar de articulação
1. Lider do Bloco Parlamentar Vanguarda – formado pelo DEM-PSC-PL. Ao todo são 11 senadores liderados por Fagundes.
2. Relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) em 2016
3. Relator setorial do Orçamento das áreas de Defesa e Justiça
4. Relator setorial do Orçamento da Educação
5. Presidiu a Comissão Senado do Futuro
6. Vice-presidente da Comissão de Infraestrutura
7. Atuante em três frentes parlamentares do Congresso Nacional
8. Presidente da Frente Parlamentar de Logística e Infraestrutura
9. Vice-presidente de Frente Parlamentar de Defesa dos Municípios
10. Membro da Frente Parlamentar de Agricultura
11. Integra a lista dos “Cabeças Congresso Nacional”, elaborada pelo DIAP e “Elite Parlamear”, da Arko Advice
Infraestrutura
1) Duplicação do trecho entre Cuiabá e Rondonópolis, a cargo do Departamento Nacional de Infraestrutura (DNIT)
2) Garantia de recursos para implantação das travessias urbanas das rodovias federais por diversos municípios.
3) Articulação junto ao TCU para renovação da concessão da malha paulista da Rumo, que assegurou as condições para a empresa investir na ampliação dos trilhos em Mato Grosso, de Rondonópolis a Cuiabá e ao Norte do Estado
4) Implantação da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO), ligando Água Boa até Mara Rosa, em Goiás, numa extensão de 334 quilômetros, alcançando a Ferrovia Norte-Sul. Isso foi possível pela ação parlamentar junto ao TCU para renovação antecipada das concessões das ferrovias Carajás e Vitória-Minas, da Vale.
Educação
1. Implantação da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR)
2. Estruturação das novíssimas universidades
3. Projeto de criação da Universidade Federal de Norte de Mato Grosso, em Sinop
4. Retomada das obras do Instituto Federal de Educação em Várzea Grande
5. Atuação para aprovação do novo Fundeb
6. Relator setorial da Educação no projeto de Lei Orçamentária de 2022, articulou para que área recebesse um adicional de R$ 1 bilhão no Orçamento de 2022. O dinheiro deve ser retirado do Fundo Eleitoral, que passa a ter previsão orçamentária de R$ 4,7 bilhões. A meta de mais de R$ 140 bilhões para a Educação foi alcançada.
Agricultura
Recursos para regularização fundiária / titulações são mais de 170 mil famílias beneficiadas.
Meio Ambiente
1. Presidente da Comissão Externa do Pantanal
2. Ações de enfrentamento aos incêndios florestais no Pantanal
3. Autor do Projeto de Lei do Estatuto do Pantanal
4. Recursos para recuperação das áreas atingidas pelos incêndios
5. Presidente da Subcomissão do Pantanal
Municipalismo
1. Ações para liberação de recursos do Fundo de Compensação às Exportações (FEX) e Lei Kandir
2. Acordo para pagamento das perdas da Lei Kandir aos estados e municípios exportadores, que assegurou o pagamento de R$ 65,6 bilhões
Filiação Bolsonaro ao PL
Flávio reconhece apoio de Wellington a Bolsonaro no Senado: “nos sentimos em casa”
O senador Flávio Bolsonaro, que se filiou ao Partido Liberal nesta terça-feira, 30, elogiou o senador Wellington Fagundes, presidente de honra do PL, pelo suporte da sigla ao presidente Bolsonaro no Senado. Segundo ele, toda a família “se sente em casa” por conta dos esforços do senador mato-grossense em apoiar pautas defendidas pelo presidente da República, que também se filiou ao PL.
Veja quem deve entrar e sair do PL após filiação de Bolsonaro
Às vésperas do ano eleitoral, a filiação do presidente Jair Bolsonaro ao Partido Liberal (PL), presidido por Valdemar Costa Neto, movimentou o cenário político. A bancada da sigla na Câmara, hoje com 43 deputados – a terceira maior da Casa –, deve receber até 30 parlamentares e se tornar a maior. No Senado, com a filiação de Flávio Bolsonaro (RJ), a bancada soma cinco senadores. Pelo menos seis ministros devem acompanhar o presidente na nova legenda. O PL, contudo, também trabalha para tentar evitar desfiliações causadas pela entrada do presidente da República. Um deputado federal licenciado já anunciou a saída e oito estão avaliando deixar a sigla – entre eles, o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM).
A maior parte dos deputados que deverão ingressar nas hostes do PL são bolsonaristas filiados atualmente ao PSL, partido pelo qual Bolsonaro foi eleito em 2018 e que está em processo de fusão com o DEM para formar o União Brasil. Muitos aliados prestigiaram a cerimônia de filiação do presidente na última terça-feira (30/11), em Brasília.
Esses parlamentares em outros partidos aguardam a oportunidade de troca sem punição que poderá ser aberta no momento da homologação do União Brasil no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ou a janela partidária – que ocorre seis meses antes de cada pleito – para poderem concretizar a mudança.
A preocupação do grupo é não incorrer em infidelidade partidária, o que poderia acarretar a perda de mandato. Por esse motivo, apenas Flávio, filho “01” de Bolsonaro, por ser senador (cargo majoritário, para o qual o entendimento é de que o mandato pertence ao eleito, não ao partido), já se filiou ao PL, mas a legenda também será o destino do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
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