João Edisom
O exercício de administrar, gerir, chefiar, comandar, liderar e/ou governar exige um conjunto de elementos historicamente construídos que vai muito além dos velhos chavões revestidos de honestidade, caráter e boa vontade.
O posto de presidente de um país com mais de duzentos milhões de habitantes em pleno século XXI exige necessariamente três elementos, nesta ordem: conhecimento cientifico e de causa; experiência comprovadamente com eficácia e; sensibilidade ética e moral.
O brasileiro tem transformado o posto de trabalho mais importante da nação (presidência) em laboratório de experimentações. Tanto que tem conduzido ao cargo gente que pode ser caracterizado como estagiário ou mesmo o famoso primeiro emprego. O custo tem sido muito alto.
O cargo de presidente do Brasil tem sido um balcão de apostas ou palco de experimentações, como o leitor preferir falar. Tanto que, exceção feita ao primeiro presidente eleito no pós abertura (Fernando Collor de Melo e seu vice Itamar Franco), Collor ocupou antes o governo de Alagoas e Itamar a prefeitura de Juiz de Fora MG, os demais nunca tinham sido governador em seus estados e sequer prefeito de alguma cidade. Mesmo assim foram alçados ao cargo mais importante do país.
Não vou entrar na parte do conhecimento acadêmico ou caracterizar aqui por áreas de formação dos envolvidos, mas o leitor pode encontrar em qualquer pesquisa bibliográfica os nomes abaixo citados, vai de não formação acadêmica ou profissional a doutorado.
Fernando Henrique Cardoso e Marcos Maciel (1954 à 2002) foram ex-senadores e ex-ministros de Estado. Daí para frente o cargo virou laboratório, vejamos: - 2003 a 2010 Lula e José de Alencar – Lula (Dep Federal 1986/1989) e José de Alencar (Senador 1999/2000). 2011 a 2018 Dilma e Temer – Dilma (ex-ministra, sem nunca ocupar cargo eletivo) e Michel Temer (deputado de 1995 à 2010) e por último Bolsonaro e Mourão – Jair Bolsonaro (ex vereador no Rio de Janeiro e ex deputado Federal por sete mandatos) e Hamilton Mourão nunca tinha disputado eleições.
Com o avanço da tecnologia e das ciências no campo administrativo e gerencial, qualquer cargo de comando, mesmo que de uma pequena empresa, exige um mínimo necessário de conhecimento estratégico (experiência) e profissional (acadêmico) para comandar e direcionar pessoas e negócios. Por que a presidência de um país onde as vidas de milhões e o destino da nação está a uma canetada somos complacentes com apostas aventureiras baseadas apenas em falatórios (discursos) mágicos de aventureiros de plantão?
Não estou falando de leis limitadoras e muito menos de critérios meritocráticos; estou falando de responsabilidade, de maturidade, de zelo do eleitor para com a direção principal de seu país. Este fator começa nos partidos políticos e nas suas negociações e convenções para apresentar gente comprovadamente capaz e termina no eleitor que deve antes de votar saber se o candidato tem currículo para ocupar tais cargos.
Enquanto isso não ocorrer, a grande saída para o Brasil continua sendo o aeroporto. Tanto que milhões de brasileiros não tem aguentado e passaram a viver em terras alheias por falta de condições ou vergonha da sua própria pátria. Aliás passar vergonha com governantes virou rotina.
Por aqui ficamos nós, os resistentes, sendo enganados, roubados, explorados e batendo palma para um bando de loucos esquisitos (e espertalhões) dançarem. Só na fé não dá. Esse povo da “alta cadeira” tem nos envergonhado e de troco temos prejuízo!
João Edisom é Analista Político, Professor Universitário em Mato Grosso.


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