Da Assessoria
A deputada federal Professora Rosa Neide (PT) demonstrou preocupação com a substituição feita pelo presidente Jair Bolsonaro, no comando do Ministério da Educação (MEC). Ela criticou o colombiano, Ricardo Vélez Rodrigues, demitido por Bolsonaro e disse não ter expectativas positivas em relação ao substituto anunciado pelo presidente, o economista, Abraham Weintraub.
Em sua conta no twitter, na seamana passada, a deputada enfatizou que a exoneração de Ricardo Vélez é o resultado de um Ministério sem planejamento e desorganizado. “São quatro meses perdidos. Não há nada que esteja tão ruim que não possa piorar”, disse se referindo ao novo ministro, Weintraub.
Rosa Neide tem dito que o governo Bolsonaro conseguiu em apenas quatro meses desmontar todas as políticas educacionais, que vinham sendo implementadas pelo MEC ao longo de décadas. Ela citou como exemplo o cancelamento em 2019, da aplicação da prova do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB). “O SAEB é aplicado a cada dois anos aos alunos do 5º e 9º ano do Ensino Fundamental e 3º ano do Ensino Médio e visa aferir a aprendizagem dos estudantes, mas foi negligenciado pela gestão Bolsonaro e cancelado pelo MEC”, criticou.
A parlamentar também afirmou que o MEC deixou de firmar convênios com os Estados para transferência de recursos. “Quando o ex-deputado Ságuas e eu estivemos no comando da Secretaria de Estado de Educação, entre 2007 e 2014, Mato Grosso recebia em média R$ 200 milhões por ano do MEC, por meio de convênios firmados entre a Seduc e o Ministério, sob a gestão do então ministro Fernando Haddad. Com esses recursos renovamos a frota com a compra de mais de 1800 ônibus escolares, compramos mobiliários para as Escolas, construímos Escolas Novas, reformamos as existentes e fizemos muitas formações para os profissionais da Educação”, disse Rosa Neide.
Avaliando o exemplo de Mato Grosso, a petista lembrou que entre 2016 e 2018 (período do governo usurpador de Temer), os convênios foram reduzidos e com a entrada de Bolsonaro em 2019, nenhum convênio foi celebrado entre a Seduc-MT e MEC. “Como 97% do orçamento da Secretaria de Estado está comprometido com o pagamento da folha salarial, sobra apenas 3% para investimentos. Por isso, o dinheiro do MEC é vital para que a Educação de Mato Grosso possa avançar, mas até agora Bolsonaro não transferiu nenhum centavo mediante convênio. A educação está paralisada não somente em Mato Grosso, mas em todo o País e a tendência é de agravamento do quadro”, finalizou.


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