Da Redação - FocoCidade
Presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargador Márcio Vidal, mandou recado aos pretensos candidatos às eleições 2018 sobre a disposição da Justiça Eleitoral, aliada à população, nas ações estratégicas que visam o combate à corrupção.
"Conclamo a todos a unir esforços para resgatar este país dos caminhos desviantes e recolocá-lo nos trilhos do futuro promissor, livre dos malefícios dessa erva daninha maior chamada corrupção, infelizmente lugar comum no Brasil do aqui e do agora, que ameaça deitar por terra as esperanças dos homens de bem, de boa vontade".
A declaração do desembargador Márcio Vidal foi pontuada a dezenas de líderes religiosos, que nesta sexta-feira (13), compareceram ao TRE para evento inédito que promoveu um diálogo entre autoridades da Justiça Eleitoral e as organizações religiosas.
"Exorto-os a promover uma ampla corrente solidária em prol de uma sociedade assentada sobretudo no direito à vida, à educação, à saúde, à segurança, ao bem-estar social, ao desenvolvimento socioeconômico sustentável, à proteção ao meio ambiente. Somente forças superiores, assentadas em profunda fé nos bons e justos, na salvação da sociedade, na resistência baseada na crença voltada para a prática do bem, via de regra encontrada nas religiões em geral, é que pode rejeitar e vencer essas ações maléficas, promovidas por aqueles políticos que objetivam ganhar um cargo público a qualquer custo, e visam comprar a consciência do eleitor", ressaltou o presidente do TRE.
Durante quase quatro horas, os líderes religiosos assistiram palestras e fizeram questionamentos à procuradora regional Eleitoral, Cristina Nascimento de Melo, e aos membros da Justiça Eleitoral.
Entre os temas abordados estavam: "Organizações religiosos e o processo eleitoral", ministrado pelo secretário de gestão de pessoas do TRE, Valmir Milhomem Santos; "Liberdade religiosa/abuso do poder religioso e democracia", assunto abordado pelo presidente da Associação Matogrossense de Magistrados, José Arimatea Neves Costa; e "Abuso de poder religioso", que ficou a cargo da procuradora regional eleitoral, Cristina Melo.
O juiz membro do TRE, Luís Aparecido Bortolussi Júnior, falou sobre líderes religiosos como aliados no combate à corrupção. "Nós, servidores e membros do Tribunal, temos a convicção de que vocês são nossos aliados para que tenhamos uma justiça melhor, uma política melhor, um Estado melhor. E nesse sentido tenho certeza que os senhores são comprometidos com as pessoas que regularmente frequentam as vossas "casas" e se esforçam para auxiliá-los a serem cada dia melhores".
Finalizando a programação, o secretário de tecnologia da informação do TRE, Luis Cézar Darienzo Alves, apresentou aos participantes os aplicativos criados pela Justiça Eleitoral para combater práticas ilícitas e fortalecer a democracia: "Pardal", "Caixa 1" e "Soberano".
Antes do início das apresentações, os religiosos participaram de uma visita guiada, conduzida pelo diretor geral, Nilson Fernando Gomes Bezerra.
Líderes religiosos
O sheik da Mesquita Muçulmana de Cuiabá, Abdusalam Almansori, elogiou a inciativa da Justiça Eleitoral e sugeriu inclusive novas reuniões entre os líderes religiosos para discutirem temas vinculados à cidadania, de interesse de toda a sociedade. "Precisamos desse diálogo entre as religiões. Precisamos pensar todos juntos, todas as religiões juntas, em ações voltadas para a coletividade. Porque esta é também a função das religiões".
Pastor da Igreja Batista, Gilson Correa Alves parabenizou o TRE pela iniciativa. "Excelente iniciativa da Justiça Eleitoral pois pudemos conhecer sobre as leis eleitorais e não incorrer em erros que possam prejudicar as instituições religiosas. A igreja, muitas vezes, é um foco dos políticos para tentar se promover e nós precisamos ter conhecimento para coibir essa prática".
Também pastor da Igreja Batista da Paz, Jairo Ishikawa destacou que combater a corrupção é dever de todos. "A sociedade deve combater a corrupção e não apenas as organizações religiosas. Somos aliados nessa batalha e estamos no mesmo lado dessa luta". Jairo sugeriu uma nova reunião para mais esclarecimentos sobre o que configura o abuso do poder religioso. "O tema central foi o abuso do poder religioso. Ainda não me considero esclarecido sobre o que é permitido ou não, no que diz respeito à liberdade religiosa e de opinião. O religioso tem direito à opinião e como exercer sem ferir o princípio do abuso do poder religioso?".
Com informações assessoria TRE


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