Não há quem caminhe pelas ruas do Brasil e não reconheça aquele olhar doce, o focinho curioso e o rabo abanando com alegria: é ele, o cachorro caramelo. Um verdadeiro patrimônio afetivo do nosso país — símbolo da simplicidade, da fidelidade e do amor mais puro que se pode encontrar.
O caramelo é aquele amigo que não escolhe raça nem julga aparências, e nunca exige nada em troca. Ele acompanha os passos de quem lhe oferece um pouco de carinho, seja na porta da padaria, na pracinha do bairro ou dentro do coração de quem, um dia, decidiu adotá-lo.
Esse cachorro é mais do que um vira-lata. É companheiro de jornadas, herói de histórias engraçadas (e outras tão comoventes quanto), protetor de casas e alma viva das calçadas. Seu olhar parece dizer: “Ei, eu tô aqui. Vai dar tudo certo.” Mesmo quando a vida é dura, ele enfrenta com coragem: dorme no cantinho da calçada, se esconde da chuva, encara o sol quente — mas nunca perde a esperança. E, quando encontra um humano que lhe estende a mão, retribui com um amor sincero que só um coração canino é capaz de dar.
Adotar um cachorro caramelo é receber um pedaço do Brasil em forma de afeto. É ter em casa um serzinho cheio de histórias para contar (se pudesse falar!) e uma energia que transforma qualquer dia triste em festa. Ele é humilde, fiel, protetor, divertido e, acima de tudo, grato. Mas é também um lembrete de que milhares de animais esperam, todos os dias, por um lar seguro e responsável. Adoção não é apenas gesto de bondade, é compromisso de amor.
E eu? Eu tenho meu caramelo. Ele chegou de mansinho... e ficou. Hoje, é parte da minha história, do meu riso, do meu colo e do meu coração. Com ele, aprendi o valor da lealdade, do companheirismo e da alegria nas pequenas coisas. Com ele, eu descobri que o amor de verdade tem quatro patas e cor de caramelo.
*Jéssica Lima é graduada em Artes Visuais e atua como professora de arte, com ênfase em pintura em tela e mural. Com ampla experiência no ensino e na prática artística, dedica-se a inspirar seus alunos a explorarem a criatividade e a transformarem espaços por meio da arte.
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