As recentes enchentes no Rio Grande do Sul, principal região produtora de arroz no Brasil, além de todos os danos e crises que atingiram a sociedade em geral, também afetaram às lavouras e infraestrutura agrícola. As chuvas torrenciais e inundações submergiram vastas áreas de plantações no Estado, levando à perda de cerca de 23 mil hectares de arroz, de acordo com o Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA).
Em resposta à crise, o governo federal brasileiro adotou medidas emergenciais para garantir o abastecimento interno de arroz e evitar o aumento dos preços. Entre as medidas, destaca-se a autorização para importação de até um milhão de toneladas de arroz beneficiado ou em casca. A Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) está operacionalizando a compra do arroz importado, visando minimizar os impactos da crise na economia nacional.
As enchentes também têm efeitos a longo prazo. As áreas cultivadas podem levar um certo tempo para se recuperarem totalmente dos impactos das inundações, resultando em uma redução na produtividade nas safras subsequentes. Além disso, os custos de reconstrução e reabilitação após os eventos climáticos extremos podem representar um ônus financeiro significativo para os agricultores.
Ainda é cedo para determinar o impacto total das enchentes. Espera-se que a produção seja menor do que o inicialmente previsto, mas ainda não há clareza sobre a magnitude da redução. É fundamental que o governo continue tomando medidas para garantir a segurança alimentar e minimizar os efeitos dessa crise na agronomia brasileira. Além disso, é crucial investir em medidas de prevenção e mitigação de desastres naturais para reduzir o risco de eventos futuros que possam comprometer a produção mais uma vez.
Bruna Kroth é professora do curso de Agronomia da Faculdade Anhanguera.
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