• Cuiabá, 18 de Maio - 00:00:00

O que você é coincide com a forma como as pessoas te veem?

A primeira pergunta que faço para uma pessoa que quer ser candidato a um cargo eletivo é: quem você é? Parece uma pergunta simples com uma resposta simples, mas poucas pessoas sabem definir claramente quem elas são. Em um processo eleitoral, é muito importante saber quem realmente você é, porque, literalmente, esse é o primeiro passo para saber se as pessoas estão te enxergando da forma correta ou não.

É esse posicionamento público o que vai garantir se você será percebido ou não pela sociedade. A sua essência é o que dará autenticidade e a conquista do seu próprio espaço na mídia e no imaginário dos eleitores.

Não existe uma fórmula mágica que o pretendente a um cargo público tem que trilhar, o que existe é o compromisso com a verdade na hora de comunicar. E esse compromisso passa por saber quem você é, como quer que as pessoas te vejam e o que você pode fazer para ajuda-las. 

Em um mundo em que a informação chega por inúmeros veículos e está a todo instante na palma da mão, ser autêntico pode lhe aproximar de pessoas que coadunam com o mesmo pensamento e ideais.

Antigamente, a crença que pairava era que apenas o populista, aquele que está sempre dando tapinha nas costas, ou na beira do campo de futebol, ou percorrendo feiras, *seria quem* o eleitor iria votar. Em parte, essa crença tem uma certa razão. Contudo, hoje, o eleitor olha além disso. Quer o político simpático, que abraça e recebe muito bem, mas, principalmente, quer pessoas comprometidas com ideais, resolutivas e que entregam.

Com a democratização do acesso à informação *e* com o advento das redes sociais, qualquer um pode mostrar o que faz, como faz e defender suas ideias. O público é ilimitado. Você atinge pessoas com o mesmo pensamento, *e também* aquelas que irão te criticar. Aí é que mora o grande perigo, se você não sabe quem é, não dá para controlar como as pessoas irão lhe enxergar. 

Nesse sentido, se você é um bom gestor, que realiza entregas, suas ações precisam vir antes de você. O eleitor precisa te conhecer por meio do trabalho/serviço que você realizou, seu curriculum irá lhe anteceder, o que vai abrir portas para galgar voos maiores. Nesse caso específico, o necessário é não ser arrogante e fazer com que aos poucos as pessoas lhe conheçam. Uma estratégia bem definida, que mostre quem você é, *para* que possa construir sua imagem ao longo de tempo, poderá resultar em um sucesso a médio e longo prazo.

Já o populista, ele terá seguidores, porque suas ideias agradam e estão no senso comum. Mas, como digo sempre, não irá prevalecer por muito tempo, pois apesar da superficialidade em que vivemos, aos poucos a “máscara” vai cair, pois o que você “vende” como homem público não irá se sustentar por muito tempo.

 

*Laice Souza*, é jornalista e atualmente ocupa o cargo de Secretária de Estado de Comunicação de Mato Grosso.



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