Da Redação
Por meio de nota, a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) "manifesta sua posição contrária a qualquer aumento da Selic neste momento".
A entidade alerta sobre os reflexos no âmbito da "recuperação econômica".
Confira a posição da Abit - via nota:
O Brasil tem hoje um dos juros reais mais altos do mundo. Esse fator é extremamente nocivo para a indústria, todos os setores produtivos e a economia como um todo, pois dificulta o aumento dos investimentos, impede o crescimento sustentado e sustentável do País e reduz a competitividade das empresas nacionais no cenário global.
Reconhecemos que existem fatores que pressionam os índices de preços no médio prazo. No entanto, destacamos que a inflação de agosto de 2024 foi negativa, indicando tendência de arrefecimento dos preços. Ademais, apesar das dificuldades orçamentárias, o Brasil não se encontra em uma situação de dominância fiscal. Observa-se, ainda, uma tendência mundial de queda dos juros, a partir do início da diminuição das taxas nos Estados Unidos.
Diante desse cenário, a Abit considera infundada a pressão por aumento da taxa de juros na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central nos dias 17 e 18 de setembro.
Nossa posição baseia-se no fato de que uma elevação causará mais danos à economia do que benefícios no controle inflacionário. Os investimentos industriais, fundamentais para a recuperação e crescimento mais robusto do PIB, serão severamente prejudicados. Além disso, o Brasil necessita encontrar um caminho para ter, de maneira estrutural e permanente, juros reais em patamares razoáveis e alinhados à realidade internacional.
A Abit entende que a conjuntura presente exige cautela e responsabilidade na condução da política monetária. Um aumento na taxa de juros neste momento seria contraproducente e poderia comprometer a recuperação econômica em curso. Instamos, portanto, o Banco Central a manter a Selic em seu patamar atual, focando em medidas que estimulem o investimento produtivo e o crescimento.
A indústria têxtil e de confecção, assim como outros setores produtivos, necessita de um ambiente econômico estável e favorável para investir, gerar empregos e contribuir para o desenvolvimento do País.
Ricardo Steinbruch, presidente do Conselho de Administração da Abit
Com Comunicação Abit


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