Da Redação
"Conforme levantamento realizado pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL/MT), as vendas do comércio seguem registrando um crescimento elevado no acumulado de 12 meses em Mato Grosso. Em abril de 2023, nessa base de comparação, o avanço foi de 6,6% para o varejo ampliado".
Esse quadro foi divulgado hoje (22) pela entidade.
Confira mais informações, conforme a assessoria da FCDL:
Esse avanço ocorreu mesmo com o recuo observado na comparação mensal, isto é, entre abril de 2023 e o mês anterior. O varejo ampliado é uma segmentação do IBGE que considera o comércio varejista e as vendas de veículos, motocicletas, peças automotivas, materiais para construção e o comércio atacadista de alimentação e bebidas.
O crescimento em 12 meses verificado no estado ficou bem acima da média nacional. O setor de Serviços e a Indústria também mantiveram uma alta expressiva no acumulado dos 12 meses encerrados em abril de 2023. Por sua vez, a agropecuária deve encerrar o ano com queda no valor bruto da produção no estado, de acordo com estimativas no Ministério da Agricultura. Esse resultado, se confirmado, sucederá anos de forte crescimento do setor no estado e não deve tirar Mato Grosso do topo do ranking das Unidades da Federação.
Refletindo o dinamismo dos setores, o crédito continua em expansão no estado, tanto no segmento de pessoas físicas quanto no segmento de pessoas jurídicas. Isso significa mais recursos para financiar o consumo, o giro dos negócios e os investimentos empresariais.
Além do avanço do crédito, novos dados do mercado de trabalho mostram que 3.671 postos de trabalho foram criados em abril de 2023. No acumulado do ano, cerca de 24,7 mil vagas formais foram criadas em Mato Grosso. O setor do comércio deu sua contribuição para a criação de vagas no estado. O setor registrou saldo positivo de criação de vagas de janeiro a abril de 2023, inclusive nos primeiros meses do ano, quando costuma ocorrer o encerramento de vagas temporárias.
Outro dado destacado neste Panorama é a desaceleração da inflação, tanto a nível nacional quanto a nível regional. “Com isso, constatamos que os preços seguem crescendo, mas a um ritmo cada vez menor. Esse fato é importante porque ajuda na recuperação da renda real dos consumidores e favorece a queda dos juros no país, melhorando as perspectivas para os próximos meses”, pontua o presidente da Federação das CDLs de Mato Grosso, David Pintor.
VENDAS DO COMÉRCIO
Vendas do comércio registram crescimento elevado no acumulado de 12 meses, mesmo com recuo mensal das vendas do varejo ampliado.
Dados de Mato Grosso mostram que, em abril de 2023, o volume de vendas do varejo ampliado recuou na comparação com o mês anterior. A queda foi de 2,6%. No entanto, observa-se que, em fevereiro e março, o segmento registrou altas expressivas. Assim, mesmo com a queda de abril, o nível de vendas segue acima do observado entre o final do último ano e o início de 2023. Os números foram apurados e divulgados pelo IBGE.
O comércio varejista, por sua vez, registrou uma leva alta de 0,3% na comparação mensal. O varejo ampliado reúne o comércio varejista e segmentos específicos, como o de vendas de veículos e motocicletas, materiais para construção e o comércio atacadista de alimentação e bebidas. Assim, tendo em vista que o comércio varejista cresceu, o recuo do varejo ampliado só pode ser explicado pelo desempenho dos setores específicos.
No acumulado de 12 meses, isto é, na comparação entre os 12 meses encerrados em abril e os 12 meses anteriores, o varejo ampliado cresceu 6,6%, enquanto o comércio varejista cresceu 7,8%. Essas taxas ainda são expressivas, mas vale lembrar que o crescimento acumulado nos 12 meses encerrados em fevereiro de 2023 chegou a 8,9% para o comércio varejista. Nota-se ainda que, no estado, o crescimento das vendas acumulado em 12 meses supera a média nacional.
DEMAIS SETORES
Em MT, serviços e indústria avançam no acumulado de 12 meses; projeções indicam retração do faturamento do Agro em 2023.
Compondo o quadro da atividade econômica em Mato Grosso, dados divulgados pelo IBGE mostram que o volume de prestação de serviços no estado cresceu 12,0% no acumulado de 12 meses, superando a média nacional (6,8%). Essa visão compara o volume de serviços prestados nos 12 meses encerrados em abril com os 12 meses anteriores.
Atualmente, o nível do volume de serviços prestados no estado é bem maior do que o patamar pré-pandemia. No entanto, cabe observar que o nível de prestação de serviços de abril ficou próximo do observado no final de 2022, o que indica uma desaceleração do setor neste início de ano. O setor industrial do estado também registrou crescimento no acumulado de 12 meses, na direção contrária à da média nacional, que recuou. Por fim, o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) estima uma queda de 3,6% do faturamento desse setor em 2023. Ainda assim, Mato Grosso deve liderar o ranking dos estados, como maior VBP do país.
MERCADO DE TRABALHO – CAGED
Mato Grosso registra a criação de 3.671 vagas formais de trabalho; ritmo de criação de vagas no comércio diminui.
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) mostram que, em abril de 2023, 3.671 vagas formais foram criadas em Mato Grosso. Esse saldo é obtido pela diferença entre o total de contratações no período e o total de demissões. Considerando o período de janeiro a abril de 2023, o saldo de abertura de vagas foi de 24.663 no estado. Os dados do CAGED mostram ainda que, em abril de 2023, o setor de Serviços liderou a abertura de vagas no estado, criando 2.262. No mês de abril, o saldo de criação de vagas do comércio foi de 67. Isso mostra que, no setor, o número de admissões foi praticamente o mesmo que o número de demissões. O detalhamento dos dados do comércio mostram que, desde o início do ano, o comércio mato-grossense registrou saldo positivo de criação de vagas, inclusive no mês de janeiro, marcado pelo encerramento de contratos temporários. No entanto, ao longo do ano, o saldo de criação de vagas foi perdendo força no estado. No acumulado do ano, o comércio registra a criação de 1.699 vagas em MT.
MERCADO DE CRÉDITO
Crédito segue avançando em MT; segmento de Pessoas Físicas registra alta de 15,5%
Dados do Banco Central do Brasil mostram que, em Mato Grosso, o valor em aberto das operações de empréstimos e financiamentos chegou a R$ 125,2 bilhões no segmento de Pessoas Físicas (PF) e a R$ 61,8 bilhões no segmento de Pessoas Jurídicas (PJ). Os dados são de abril de 2023.
Esses valores representam os saldos vencidos e a vencer de operações contratadas através do Sistema Financeiro Nacional. A evolução do saldo de crédito mostra que o crescimento do volume de recursos emprestados cresce de maneira expressiva, alavancando o consumo e os investimentos empresariais. No segmento de crédito a PF, o crescimento foi de 15,5% na comparação entre abril de 2023 e o mesmo mês do ano anterior; já no segmento de crédito a PJ, o avanço foi de 9,8%. Por fim, os dados de inadimplência bancária mostram que 2,0% do saldo de crédito a PF tem atraso superior a 90 dias, um percentual bem abaixo da média nacional. O estado apresenta, em suma, um avanço expressivo do crédito bancário, mantendo a inadimplência sob controle.
INFLAÇÃO (IPCA)
Preços ao consumidor final sobem, mas com menos força: na região Centro-Oeste, IPCA registra alta de 3,3% no acumulado de 12 meses.
A inflação segue desacelerando. Dados do IBGE mostram que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nacional registrou uma alta de 3,9% no acumulado dos 12 meses encerrados em maio de 2023. A desaceleração significa que a taxa de crescimento dos preços tem sido cada vez menor. Na região Centro Oeste, o ritmo de crescimento dos preços também vem perdendo força. O IPCA medido na região Centro-Oeste registrou alta de 3,7% no acumulado dos 12 meses encerrados em abril de 2023.
Os dados do acumulado nos 12 meses encerrados em maio ainda não foram divulgados para a região. A abertura do dado nacional por grupo de bens e serviços mostra que os itens de Saúde e cuidados pessoais registraram a maior alta dos preços, com avanço de 11,6% no acumulado de 12 meses. Por fim, o IGP-M, índice de preços apurado pela FGV, registrou queda de 4,47% no acumulado de 12 meses. Esse índice considera, além dos preços aos consumidores finais, os preços de bens intermediários, e é frequentemente utilizado para reajustar contratos de aluguel.
Com Assessoria FCDL
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