Mariane Mesquita Souza Hartung
Essa era a frase que intitulava um extenso texto impresso e colado em uma placa de madeira junto de uma foto de seu autor, Charlie Chaplin. O texto era a tradução do último discurso da obra “O grande ditador”.
Este quadro adornava a parede da sala da casa dos meus pais, ficava ali, ao lado de um daqueles relógios cujo fundo era uma paisagem no campo: uma casa com fumaça na chaminé, um rio beiradeando e um menino sentado na cerca.
Os dois sempre me chamaram a atenção, o texto de Chaplin me deixava curiosa sobre o que, de fato, ele queria dizer, aos 10, 11 anos ainda não tinha muita noção daquele assunto. Mas a paisagem do relógio eu conseguia saber, com certeza, o que representava pra mim: paz, sossego e tranquilidade.
Hoje reflito sobre o antagonismo que as duas ali, lado a lado, significam para mim. Buscamos por algumas décadas evoluir e buscar uma sociedade mais eficiente e produtiva. Por algum tempo a “máquina” à disposição para isso foi o homem! Ele, ali, como o agente executor e operacional dessa sociedade que evoluía industrialmente. Processos mecânicos e repetitivos, o homem trabalhando como complemento da máquina.
Agora, estamos vivendo uma revolução com a máquina fazendo, cada vez mais, a parte mecânica e o homem se abrindo para que ele seja o agente catalisador da inovação para fazer com que ela trabalhe para ele. Isso não quer dizer que o homem será integralmente substituído por máquinas, mas pode nos dizer que, provavelmente, os processos de trabalho serão revistos.
Precisamos nos lembrar que: não somos máquinas, somos pessoas! Com sonhos, personalidade, criatividade, emoções... Não podemos nos prender a atividades que poderão ser realizadas por máquinas – e aqui me refiro a inteligência artificial, computadores etc. Este é o papel delas e não devemos ter medo de inovar e mudar para, neste caminho, poder viver a tranquilidade, paz e sossego que aquela imagem do relógio passava.
Será que as “máquinas” nos possibilitarão viver e usufruir de uma maior qualidade de vida ou elas nos colocarão, novamente, na linha de produção, com a diferença de possibilitar maior controle sobre nós?
O certo é que o homem é o responsável, e não a máquina, por decidir qual será o caminho.
*Mariane Mesquita Souza Hartung é Técnica Administrativa/Chefe do Departamento de Gestão de Pessoas do MPMT.


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