João Celestino Corrêa da Costa
Exercitar a conciliação é trabalhar com uma ferramenta que produz diálogo e resolução para situações mesmo neste momento inóspito como o atual, com pandemia, intolerância e falta de empatia entre as pessoas.
A conciliação é um mecanismo da Justiça de promover o entendimento entre as partes de modo que uma pessoa neutra consiga estabelecer esse diálogo a fim da resolução de conflitos.
Um ponto fundamental para que a conciliação seja benéfica para ambas as partes é trabalhar para uma Justiça onde as partes litiguem com lealdade, boa-fé, urbanidade e que possamos contribuir para uma maior celeridade na resolução dos conflitos, sem perder a qualidade dessa solução.
Com esse mecanismo de trabalho certamente haverá uma mudança na relação entre empresa, consumidor e Justiça, que passarão a se colocar como personagens que buscam a melhor solução para conflitos gerados por situações da vida cotidiana e da convivência, inerentes a vida social atual, e não como litigantes e opositores.
Existe a necessidade de trabalhar a conciliação sem deixar de combater as mazelas daqueles que abusam do Judiciário apenas visando o lado financeiro ilícito, tal como a advocacia predatória que busca altos ganhos, captação ilícita, fraudes, ações temerárias e litigantes de má fé.
Em Mato Grosso, o projeto ‘Pauta Concentrada’ do Tribunal de Justiça trabalha diretamente na conciliação entre o cidadão e duas empresas, uma delas que nós representamos, conseguiu subir da média de 4,6% do índice de acordos para 18,6%, que demonstra a importância de ampliar o debate.
Para o aumento da efetividade da conciliação foi necessário melhorar a qualidade das propostas e com isso, não esperar a decisão judicial. Por meio da conciliação em até 20 minutos para demonstrar os benefícios do acordo e a continuação e finalização da conciliação fora da audiência. Parte fundamental é estar mais disposto a negociar.
João Celestino Corrêa da Costa Neto é Advogado, Mestre em Direito Processual Civil pela Universidade Gama Filho, foi vice-presidente da OAB-MT; Presidente da Escola Superior de Advocacia (ESA), Presidente da REDEJUR, Associação Estratégica de Escritórios da Advocacia de Direito Empresarial; atualmente é Presidente do CESA (centro de estudos das sociedades de advogados) seccional-MT. jc@ccosta.com.br


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