Rafaela Maximiano - Da Redação
Acolher mães e famílias que possuem crianças com microcefalia. Esse é o objetivo da Associação Mato-grossense “Mães Unidas Pelo Amor”. Além de ajuda com alimentos, remédios e outras necessidades materiais a associação trabalha com a informação, a prevenção, ajuda psicológica e amor.
“É importante que as mulheres saibam que uma infecção adquirida por elas durante a gravidez, como por exemplo a dengue, a zica, a toxoplasmose e outras, podem ocasionar a microcefalia no bebê, caso elas engravidem. Por isso a importância da informação”, alerta a presidente da entidade, Fernanda Pereira da Silva.
Crianças continuam nascendo com microcefalia. Ela não acabou, apenas não é divulgado.
A associação, fundada em 2017, funciona como uma rede de apoio a mães de crianças com microcefalia, que trocam experiências e se ajudam. Segundo dados da “Mães Unidas Pelo Amor”, ao menos 200 famílias possuem crianças com microcefalia em Mato Grosso.
“Crianças continuam nascendo com microcefalia. Ela não acabou, apenas não é divulgado. E nós nos sentimos desamparadas pelo Poder Público”, alerta Fernanda, lembrando que em 2016 o Brasil passou por um surto de microcefalia.
“É importante que as pessoas saibam que a microcefalia não é uma doença, mas uma patologia, não tem cura. Inclusive, agora com esse novo vírus, a covid, não sabemos quais seus efeitos, mas a comunidade científica já divulgou que ele pode afetar a parte neurológica do bebê. Por isso é aconselhável que as mulheres adiem a gravidez nesse momento de pandemia”, alerta.
Fernanda ainda revela que também não acreditava que iria pegar o zica vírus quando ficou grávida, ou que seu bebê pudesse ser afetado. “Eu tive zika com oito semanas de gestação e descobri que Murilo, meu filho, nasceria com microcefalia com sete meses. Amo meu bebê mais que tudo e por amor à vida dele ajudo outras mães a enfrentar os medos e preconceitos”, declarou.
A presidente lembra ainda que é muito difícil para as famílias brasileiras conviverem e se manterem, com doenças e patologias raras. E, nesse momento de pandemia as dificuldades aumentaram.
“Na maioria das vezes as mães precisam se dedicar exclusivamente ao cuidado de seus filhos com microcefalia. O que as impede de trabalhar e acabam passando por dificuldade de subsistência. A associação também ajuda como pode arrecadando cestas básicas para doação, ou mesmo o trabalho voluntário”, disse Fernanda.
O trabalho da Associação Mato-grossense “Mães Unidas Pelo Amor” pode ser conhecido e receber apoio pelas redes sociais Facebook e Instagram #maesunidaspeloamor.
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