• Cuiabá, 15 de Setembro - 2025 00:00:00

Nos sentimos desamparadas pelo Poder Público, alerta presidente de entidade

  • Em Geral
  • 25/04/2021 08:04:27

Rafaela Maximiano - Da Redação

Acolher mães e famílias que possuem crianças com microcefalia. Esse é o objetivo da Associação Mato-grossense “Mães Unidas Pelo Amor”. Além de ajuda com alimentos, remédios e outras necessidades materiais a associação trabalha com a informação, a prevenção, ajuda psicológica e amor. 

“É importante que as mulheres saibam que uma infecção adquirida por elas durante a gravidez, como por exemplo a dengue, a zica, a toxoplasmose e outras, podem ocasionar a microcefalia no bebê, caso elas engravidem. Por isso a importância da informação”, alerta a presidente da entidade, Fernanda Pereira da Silva. 

Crianças continuam nascendo com microcefalia. Ela não acabou, apenas não é divulgado.

A associação, fundada em 2017, funciona como uma rede de apoio a mães de crianças com microcefalia, que trocam experiências e se ajudam. Segundo dados da “Mães Unidas Pelo Amor”, ao menos 200 famílias possuem crianças com microcefalia em Mato Grosso. 

“Crianças continuam nascendo com microcefalia. Ela não acabou, apenas não é divulgado. E nós nos sentimos desamparadas pelo Poder Público”, alerta Fernanda, lembrando que em 2016 o Brasil passou por um surto de microcefalia.  

“É importante que as pessoas saibam que a microcefalia não é uma doença, mas uma patologia, não tem cura. Inclusive, agora com esse novo vírus, a covid, não sabemos quais seus efeitos, mas a comunidade científica já divulgou que ele pode afetar a parte neurológica do bebê. Por isso é aconselhável que as mulheres adiem a gravidez nesse momento de pandemia”, alerta. 

Fernanda ainda revela que também não acreditava que iria pegar o zica vírus quando ficou grávida, ou que seu bebê pudesse ser afetado. “Eu tive zika com oito semanas de gestação e descobri que Murilo, meu filho, nasceria com microcefalia com sete meses. Amo meu bebê mais que tudo e por amor à vida dele ajudo outras mães a enfrentar os medos e preconceitos”, declarou. 

A presidente lembra ainda que é muito difícil para as famílias brasileiras conviverem e se manterem, com doenças e patologias raras. E, nesse momento de pandemia as dificuldades aumentaram.  

“Na maioria das vezes as mães precisam se dedicar exclusivamente ao cuidado de seus filhos com microcefalia. O que as impede de trabalhar e acabam passando por dificuldade de subsistência. A associação também ajuda como pode arrecadando cestas básicas para doação, ou mesmo o trabalho voluntário”, disse Fernanda.  

O trabalho da Associação Mato-grossense “Mães Unidas Pelo Amor” pode ser conhecido e receber apoio pelas redes sociais Facebook e Instagram #maesunidaspeloamor. 




Deixe um comentário

Campos obrigatórios são marcados com *

Nome:
Email:
Comentário: