Da Redação
No cenário de bate-rebate entre o Governo do Estado e a prefeitura de Cuiabá - envolvendo denúncias sobre supostas irregularidades na gestão da Capital acerca da aplicação de recursos destinados à saúde - combate ao coronavírus, e com respostas "ácidas" entre os Executivos de Mato Grosso e da gestão, a administração estadual, em mais um capítulo do embate, emitiu nota revidando declarações do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).
Pinheiro prometeu processar o governador Mauro Mendes (DEM), tecendo duras críticas na manhã desta sexta-feira (29) e classificando-o como "insensível" além de acusar Mauro Mendes de "governar para os ricos em detrimento da população carente". Mendes, por sua vez, também acusa o prefeito de "inverdades" nesse ambiente.
Confira na íntegra a nota do Governo do Estado - na esteira dos questionamentos:
"O Governo de Mato Grosso recebeu da Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, documento alterando a relação dos leitos de UTIs para tratamento da Covid-19, em que exclui 40 leitos, que haviam sido habilitados junto ao Governo Federal.
O Ofício nº 355/GAB/SMS/2020 é datado do dia 27 de maio de 2020 e foi assinado pelo secretário municipal de Saúde, Luiz Antônio Possas de Carvalho.
A própria prefeitura reconhece no documento que fecha os leitos para o tratamento da Covid-19 e que o recurso foi recebido para usar os leitos por 90 dias.
“Em relação aos valores já repassados pelo Ministério da Saúde através da supracitada portaria de habilitação, estaremos em contato com entes Federativos para proceder à devolução de recurso dos 40 leitos de UTIS referentes às competências de junho e Julho /2020”, conforme trecho extraído do documento da Secretaria Municipal de Saúde.
Em tabela anexa ao documento, há 145 leitos para covid-19. E agora, em proposta para o mês de junho, a Prefeitura retira 40 leitos, reduzindo para 105 leitos de UTIs.
A portaria do Ministério da Saúde habilitou os leitos a partir do mês de abril para o período de 90 dias e pagou adiantado pelos leitos. Os leitos deveriam ficar disponíveis a população entre os meses de abril, maio e junho. Mas, na proposta encaminhada pela prefeitura, informa a retirada dos 40 leitos já no mês de junho.
O Governo do Estado lamenta a falta de informação interna dentro do âmbito do município de Cuiabá."
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