CARLOS MARTINS - FOLHAMAX
Em depoimento prestado na Delegacia de Combate a Corrupção (Deccor) nesta terça-feira (07), a servidora do Hospital São Benedito Elisabete Maria de Almeida recuou do que havia informado anteriormente e negou que tenha estado na residência do vereador Juca do Guaraná Filho (Avante), na noite do dia 21 de novembro do ano passado. Após cerca de quatro horas de esclarecimentos ao delegado José Ricardo Garcia Bruno, a servidora reconheceu que possa ter participado de uma "armação" para prejudicar politicamente o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).
No dia 27 de novembro, acompanhada do vereador Abílio Júnior, Elisabete foi até a sede da Defaz e contou aos delegados que esteve em um jantar na casa de Juca do Guaraná e teria presenciado uma articulação envolvendo o prefeito Emanuel Pinheiro e parlamentares que estariam tramando a cassação de Abílio por quebra de decoro parlamentar. Na primeira versão de Elisabeth, Emanuel teria oferecido aos vereadores R$ 50 mil em dinheiro e mais 20 cargos comissionados para cada um.
Todos os citados, incluindo o prefeito, negaram a acusação feita por Elisabete. Nesta terça-feira, em novo depoimento na sede da Deccor, Elisabete, acompanhada do advogado Emerson da Silva Marques, confessou que não esteve na casa de Juca do Guaraná.
Conforme apurou o FOLHAMAX, ela revelou que a versão foi dada para preservar a sua superior imediata no Hospital São Benedito, Cláudia Almeida Costa. Ela argumentou que temia perder o cargo, já que demissões de contratados eram frequentes no hospital.
Elisabete também garantiu que nunca teve nenhum contato com o prefeito Emanuel Pinheiro. No entanto, ela revelouque teve uma reunião com o vereador Abílio e outros quatro advogados no hotel Delmond no dia 26, um dia antes de fazer a denúncia na PC.
Ela entregou aos delegados seu telefone celular para ser periciado e para comprovar que esteve nos locais mencionados participando das reuniões que manteve tanto com Cláudia, com Abílio e os advogados. Anteriormente, Elisabete havia afirmado que foi à casa de Juca a convite de sua chefe, mas a própria Cláudia, em documento assinado e entregue ao vereador Juca do Guaraná, negou que tenha ido ao jantar e também disse que não pagou o transporte de aplicativo a Elisabete para que ela fosse à residência.
No primeiro depoimento de Elisabete na Defaz, ela envolveu alguns vereadores e deixou de citou outros que estiveram no jantar na residência de Juca do Guaraná. Um dos vereadores citados, Ricardo Saad, confirmou que esteve no local, mas disse que em nenhum momento foi citado o nome de Abílio Junior.
Outro citado, o ex-vereador Oseas Machado, que foi quem fez a representação contra Abílio na Câmara de Ética, negou que estivesse presente. O vereador Abílio Júnior durante sessão na Câmara dos Vereadores pediu desculpas ao vereador Juca do Guaraná e sua família.
Ele disse que cabia a servidora provar o que estava dizendo e que apenas a acompanhou até a Defaz no dia 27 de novembro porque ela havia revelado em depoimento prestado na Comissão de Ética a suposta articulação visando sua cassação. Sobre o novo depoimento de Elizabete, Abílio disse que a servidora tem dado declarações contraditórias, mas admitiu que levou ela ao hotel pelo fato dela ter passado mal.


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