Da Redação - FocoCidade
Temendo a extinção da Empresa Mato-grossense de Tecnologia da Informação (MTI), proposta pelo Governo, os servidores da MTI apresentaram uma proposta de redução de 45% da folha de pagamento e avançar mais ao mercado.
A Mensagem nº 7/2019, de autoriao Poder Executivo estadual, que dispõe sobre a organização administrativa do Estado foi debatida na Assembleia Legislativa durante audiência pública realizada na quinta-feira (24) e que colaborou nas emendas à Reforma Administrativa, aprovada na noite de ontem.
“Conseguimos salvar a Empaer, que será transformada num instituto enxuto, e ainda, o MT Fomento. Estou extremamente satisfeito e recompensado pelas quatro audiências públicas. Quanto à MTI, foram apresentadas algumas propostas e uma delas é reduzir em até 45% da folha de pagamento e avançar ainda mais ao mercado”, revelou o deputado Wilson Santos, autor da audiência.
Para ele, a MTI tem importantes serviços para Mato Grosso, como preservação de dados de informações e documentos do Estado. “Essa proposta se prolongará para os próximos quatro anos, com até 45% dos gastos somente com a folha salarial desse órgão”, lembrou o parlamentar.
Conforme a justificativa do Executivo, para a readequação da estrutura da máquina pública, elegeu-se o princípio da eficiência, com o objetivo de otimizar as ações estatais e dotar de maior integração as funções administrativas com o menor emprego de recursos financeiros e humanos possíveis.
Baseado nessas propostas, Santos indicou a realização da audiência para debater com os servidores e a sociedade os impactos que a proposta pode provocar no âmbito do Executivo e para a população de Mato Grosso.
“É natural que todo projeto precisa ser debatido e o Parlamento é a grande Casa dos debates. A Assembleia tem que trazer para dentro do seu prédio todas as discussões com a sociedade. Foram propostas quatro audiências públicas para debaterem esses temas, permitindo que os servidores e a população apresentem sugestões. Estou extremamente satisfeito e recompensado pelas quatro audiências públicas”, justificou o deputado.
Para o presidente do Sindicato da Empresa Mato-grossense de Tecnologia de Informática, João Figueiredo, a base do governo, literalmete, fechou as portas para o MTI.
“Precisamos saber qual é o formato da viabilidade que o governo deseja para nós. Trabalhamos em todos os órgãos de arrecadação do Estado, estamos sempre ao lado do governo, mas ele não vê dessa forma. Entendo que a melhor saída será transformar numa autarquia, ou num instituto”, apontou ele.
De acordo com a mensagem, as atribuições das pastas extintas que se mostrem adequadas ao propósito global da eficiência serão absorvidas pelas secretarias mantidas e criadas, para que não haja, segundo o governo, prejuízo aos serviços à população.
“Essas audiências têm ajudado os parlamentares a refletirem sobre o desenvolvimento do Estado. Um trabalho importante para os interessados aos projetos que são debatidos. Temos que acompanhar de perto as mensagens que o governo encaminha para a Casa. O servidor público pode contar com o meu apoio, pois precisamos avançar em todos os aspectos sem extinguir as empresas”, disse o deputado Max Russi (PSB).
Na ocasião, o analista de tecnologia da informação, Djalma Soares, fez uma explanação dos serviços prestados pela MTI em Mato Grosso e, também fora do estado, além de responder vários questionamentos dos participantes e também dos deputados presentes.
“Para nós servidores da MTI a extinção da empresa anunciada pelo governador eleito pegou todos de surpresa. Temos números e trabalhos prestados. Entregamos algumas propostas para o governador e estamos aguardando uma resposta, que seja positiva. Acredito que tenhamos o mesmo êxito da Empaer”, concluiu ele.
O presidente do Sisma - Sindicato dos Servidores da Saúde do Estado de Mato Grosso -, Oscarlino Alves, preferiu destacar apoio dos servidores durante a mobilização na Assembleia Legislativa.
“Nossa mobilização na Casa foi para chamar a atenção da sociedade civil. Observamos a classe política bastante dividida, pois alguns parlamentares estão do nosso lado, mas muitos deles estão contrários. A MTI é uma empresa altamente qualificada e tem trabalhos mostrados em Mato Grosso. O governo precisa entender a proposta da empresa para depois tomar uma decisão”, falou o sindicalista.
Com Assessoria
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