Da Redação - FocoCidade
O presidente da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), Alexandre Schenkel, afirmou que a entidade é contra a reativação do Fethab 2, que está nos planos do Governo do Estado. Ele sustenta que "em momento algum o setor foi chamado para discutir uma nova contribuição do agronegócio".
“Ficamos sabendo dessa nova proposta pela imprensa e não é justo com o setor que está sendo eficiente e contribui tanto com o Estado. Não procuraram e não tiveram diálogo com o setor para saber se a gente é capaz de contribuir, se pode contribuir e de que forma. Os produtores de algodão são contra o Fethab 2 ou qualquer aumento de tributação no nosso setor”, disse Schenkel.
Nesta terça-feira (8), está prevista a ida do governador Mauro Mendes (DEM) à Assembleia Legislativa para entregar uma série de projetos, incluindo o do Fethab 2, com o objetivo de reforçar o caixa do Estado.
Os produtores de algodão justificam que "os custos em cima da lavoura já são altos e que é preciso o Governo do Estado e a classe política conhecer os números do setor". Destacam ainda que "apenas com custos de produção, estima-se que chega a R$ 8,5 bilhões por ano".
“Os produtores fazem planejamento com um ano, um ano e meio de antecedência, tendo compromisso com fornecedores e clientes antes de colher. Já estamos apertados na questão de planejamento dos gastos, não temos mais receita para novos tributos”, alertou o presidente da Ampa.
Sobre as declarações do secretário de Fazenda, Rogério Gallo, em relação a um possível Fethab 2 permanente, Alexandre Schenkel avaliou que "o gestor pode ser que desconheça a realidade do setor produtivo, justificando que não há possibilidade de ajudar integralmente todos os anos sem saber como está e estará a realidade financeira do setor".
“No setor do agro, 85% da área de algodão do Estado vem em segunda safra, que seria uma safra posterior ao plantio de soja. Somos produtores de soja, milho e algodão e temos uma dependência muito grande do clima e do mercado externo, sendo variável a cada ano. Imagine um ano onde teremos uma produção baixa por conta do clima, de intempéries e por conta disso, fisicamente, não conseguimos produzir um volume grande. Ao mesmo tempo, temos preços muito baixos, e isso inclusive já aconteceu anteriormente, em lavouras de algodão e milho, em que tivemos que pagar para produzir”.
Com Assessoria
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