• Cuiabá, 11 de Setembro - 2025 00:00:00

"Tem que taxar megaprodutores que sonegam impostos", dispara Zeca Viana


Da Redação - FocoCidade

Contrário à taxação do agronegócio, o deputado Zeca Viana (PDT-MT) cobrou ações mais arrojadas na fiscalização do Estado para combater o que classificou de "meia dúzia de megaprodutores que sonegam impostos" em Mato Grosso.

O discurso do parlamentar, pontuado na quarta-feira (14), na Assembleia Legislativa, foi assinalado em resposta à defesa da taxação do agro, em bandeira recente do senador eleito Jayme Campos (DEM) e agora retomada pelo deputado Wilson Santos (PSDB).   

“Tem meia dúzia que tem que investigar. Tem grandes produtores que devem mais de R$ 3 bilhões para o Estado”, enumerou o deputado. Ele afirmou que é contrário à taxação do agronegócio, porque produtores já pagam imposto. “Em torno de 95% a 96% de produtores não sonegam imposto”.

“Temos que taxar grandes sonegadores. A culpa é da própria Sefaz, porque as ‘tradings’, cobram do produtor e não repassam ao Estado”, comparou. “Não é o agro no todo. Temos que ser conscientes e coerentes com a situação”, enfatizou. “Não sei se a Sefaz finge que fiscaliza. São os malas preta que ninguém faz nada”.

Zeca Viana informou que o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio é de R$ 40 bilhões, da compra e venda. Vendemos R$ 15 bilhões de grãos e temos compra de R$ 25 bilhões de insumos e químicos”, explica.

Suspeitas

O parlamentar afirmou que duas Comissões Parlamentar de Inquérito (CPIs) das Cooperativas da Assembleia Legislativa, a CPI das Cooperativas em 2014, e a da Renúncia e Sonegação Fiscal, em 2016, investigaram o tema.

“Quando chegou na ferida, veio pressão de todos os lado e abafou. Porque tem megaprodutor que deve R$ 3 bilhões ao Estado. O pequeno e médio produtores não podem pagar por isso”, lembrou Zeca Viana.

O deputado afirmou ainda que o custo de produção na lavoura atualmente é de cerca de 55 sacas por hectare. E que o ganho que os empresários rurais tiveram nos últimos anos é devido à valorização da terra adquirida.

“Ganhamos dinheiro com a valorização imobiliária. Compramos terras baratas e tornamos elas em produtiva com valor venal da terra”, explica o deputado.

Zeca citou ainda o frete, que tem impactado nos custos.

 

Com Assessoria




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