• Cuiabá, 08 de Setembro - 2025 00:00:00

"O mundo inteiro explora seus rios navegáveis, mas aqui parece que é criminoso", diz Fávaro 


Da Redação - FocoCidade

Durante entrevista na manhã desta terça-feira (11), em Cuiabá, o candidato ao Senado, Carlos Fávaro (PSD), destacou a importância de investimentos na infraestrutura logística, especialmente na malha ferroviária, já que Mato Grosso conta apenas com um terminal no município de Rondonópolis. Segundo ele, é preciso cruzar o estado com ferrovias para garantir maior competitividade da produção mato-grossense.

Fávaro também mencionou a falta de transporte fluvial no estado. “O mundo inteiro explora seus rios navegáveis como modo de transporte eficiente e com baixo custo, mas aqui parece que é vergonhoso, que é criminoso, mas não é, pois nós temos tecnologia para preservar os rios e transportar com eficiência. Os rios Paraguai, Araguaia, Teles Pires, Juruena poderiam estar gerando competitividade e riquezas para o estado. E o governo federal tem que ter coragem para fazer esses enfrentamentos e estou preparado para ter posicionamentos fortes na defesa dos interesses do nosso estado”, discursou.

Pontuou que “nosso estado tem grande vocação para produzir soja, mas também para produzir outras culturas, como o milho, que tem baixíssimo valor agregado, corresponde apenas um terço do valor de um saco de soja, e esse preço somente pode ser corrigido com uma infraestrutura logística mais eficiente. Nos Estados Unidos a busca pelo Oeste foi feita pelos trilhos. Primeiro vinha a ferrovia e atrás vinham as pessoas colonizando as cidades, e nós estamos aqui há 30, 40 anos nessa espera”.

Ele relembrou que, desde quando foi presidente da Aprosoja - Associação de Produtores de Soja e Milho do estado -, se empenhou no projeto da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico), que possibilitaria a ligação da região do Araguaia aos portos de São Luiz, no Maranhão. “Fizemos o projeto, a licença ambiental, mas não tínhamos recursos para fazer a obra, que ficou 10 anos a espera. Trabalhamos com o governo federal para que a renovação da outorga por mais 30 anos com a Vale do Rio Doce para outras ferrovias brasileiras pudesse financiar essa obra”, contou.

Entretanto, ele explicou que, quando o governo federal anunciou o investimento, o senador Jader Barbalho, buscou o Ministério da Casa Civil para que os recursos fossem investidos no Pará. “Ele estava correto, defendendo os interesses dos paraenses, mas depois de tanto trabalho para fazer o projeto, licenciar e liberar recursos nós iríamos perder pela força política? Mesmo não sendo mais vice-governador, eu não admiti, marquei audiência com o ministro Eliseu Padilha, pedi o apoio do ministro Blairo Maggi, do senador Wellington Fagundes e garantimos a vinda desses recursos para o nosso estado”.

A obra, que prevê a construção de 383 quilômetros entre Água Boa e a cidade de Campinorte (GO), terá início em 2019, com recursos da ordem de R$ 4 bilhões. “Esse primeiro trecho que está licenciado dará acesso a carga de imediato, pela BR-158 na altura de Água Boa, atenderá toda Araguaia, e proporcionará um fluxo de grãos para a Ferrovia Norte-Sul”, informou ele.

 

Com Assessoria




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