Da Redação - FocoCidade
Diante da crise que parece não ter fim nos hospitais filantrópicos do Estado, a Assembleia Legislativa realizou uma reunião com representantes do Hospital Santa Casa de Rondonópolis e da Secretaria de Estado Saúde (SES) tentando evitar a paralisação anunciada dos trabalhos na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) pediátrica do hospital.
Os médicos que atuam no setor pediram demissão em decorrência de atrasos salariais e devem trabalhar até 15 julho, caso a dívida não seja saldada.
A Santa Casa de Rondonópolis possui dez UTIs pediátricas que atendem a população da região sul do estado. Com o aviso de suspensão dos trabalhos dos médicos, as unidades não teriam como dar continuidade aos atendimentos e por isso já recusam novos pacientes. De acordo com o representante da Santa Casa, Sinézio Alvarenga, o hospital possui um déficit com relação aos repasses do Sistema Único de Saúde (SUS) é de R$ 12 milhões desde 2015.
Ainda de acordo com ele, para dar continuidade aos trabalhos, a Santa Casa contratou R$ 10 milhões em empréstimos com bancos, mas mesmo assim a folha salarial está atrasa desde março, quando só 40% dos funcionários foram pagos.
O representante do SES, Vagner Simplício, disse que é necessário garantir a continuidade dos serviços a partir da união de todos agentes envolvidos, públicos e prestadores de serviços. “Viabilizamos para que junto com a prefeitura de Rondonópolis possamos garantir o funcionamento do contrato com a Santa Casa”.
Simplício pontuou que os hospitais filantrópicos não possuem contrato diretamente com governo do Estado, mas com as prefeituras que ficam responsáveis pelos repasses dos recursos encaminhados pelo governo e por isso o trabalho será para agilizar o pagamento à prefeitura de Rondonópolis.
A Assembleia intermediou o encontro entre o hospital e a Secretaria de Estado de Saúde atendendo a um pedido do deputado Sebastião Rezende (PSC). O presidente da ALMT, deputado Eduardo Botelho (DEM) destacou essa atuação da instituição.
“Chegamos a um consenso para que o Estado pague parte da dívida com a prefeitura e assim equalizar a dívida até que o fundo passe a ser recolhido e repassado a partir de agosto. O papel da Assembleia é, além de legislar e fiscalizar, é promover o diálogo e intermediar as discussões entre os poderes e a sociedade no intuito de encontrar soluções”.
Participaram da reunião, na quinta-feira (12), os deputados Eduardo Botelho (DEM), Sebastião Rezende (PSC), Wilson Santos (PSDB), Janaina Riva (MDB), Ondonir Bortolini – Nininho (PSD), Allan Kardec (PDT) e Dr. Leonardo (SD).
Com informações assessoria
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