• Cuiabá, 02 de Setembro - 2025 00:00:00

'A lei tem mudado constantemente, mas para beneficiar quem tem poder’, assevera João Edison


Da Redação - FocoCidade

Em que pese os movimentos que podem mudanças no país, incluindo na pauta o quadro eleitoral, na prática o que se percebe são alterações para atender interesses da grande massa dominante de políticos.

O cenário do pleito geral 2018, discorrendo sobre pré-campanha eleitoral também, é observado pelo analista político João Edison, que alerta para os contornos da legislação com foco na continuidade do poder.    

“A lei tem mudado constantemente, mas para beneficiar quem tem poder. É óbvio que quem tem dificuldade de emplacar nome e emplacar a pré-campanha, tem essa dificuldade porque está fora da política. Quem está na política está em plena atividade, por outro lado, tem um fator interessante. Se um nome crescer muito rápido, por algum motivo, o tempo também para explorar esse nome, para saber se é bom ou ruim, não vai acontecer. Então é uma eleição muito estranha”, pontua.

João Edison assinala o enredo da campanha extemporânea. “A eleição encurtou o período oficial de eleição, a pré-campanha está aberta vide nacional, de pré-candidatos na nacional que estão fazendo campanha extemporânea, como Ciro Gomes, Lula, Bolsonaro. Aqui no Estado não, acho que não estão tempo muito tempo para isso. Mas tem nomes amplamente conhecido e o conhecido tem a facilidade e tem as dificuldades, e uma delas é reverter rejeições e explicar coisas cuja ação não caiu bem junto à população.”

Importância do debate

“Eu sempre fui e continuo sendo contra o curto período que existe para o debate eleitoral. Para mim, o certo da democracia está no debate, num país onde as pessoas falam pouco sobre política, discutem pouco sobre política e chegam a ter raiva de política, você encurtar o período sob alegação dos gastos financeiros, é você estar mais preocupado com os benefícios próprios do que a própria democracia.”

Modelo eleitoral

“Acho que deveria ter campo mais aberto. Tenho fascinação pelo jeito americano de fazer campanha, embora geraram um Trump, mas teve as prévias, os partidos debateram, um ano antes começa a discutir, seis meses as prévias, a pré-campanha e toda uma relação no debate. Aqui parece que a gente tem vergonha de política e a gente foge da política. Eu gostaria que esse tempo fosse no mínimo de 90 dias, mínimo, nem médio. Então as pessoas acabam votando em muitas mentiras, muitas promessas, muita aventura, mas faz parte da nossa história quando fizemos a abertura a primeira aventura chamou-se Collor e dali pra cá a gente vem de tantas aventuras para o Estado, aí se elegem os Tiriricas da vida, o antiaquilo, o anti-isso ou a favor daquilo, fulano de uma causa só. Aqui no Estado de Mato Grosso, por ser um Estado menor, com três milhões e pouco de habitantes, temos as pessoas conhecidas no regional, no aspecto regional e estadual. Quem é conhecido do ponto de vista estadual ele sai na frente, consegue pulverizar, e em virtude disso, temos deputados por exemplo, que já transferiu a sua base umas quatro ou cinco vezes. Muito estranho tudo isso, então não temos uma legislação eleitoral e o modelo eleitoral adequado ao desenvolvimento da democracia.”




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