Temos minimizado a importância da moral majoritária e da cultura candente, com raízes na antiguidade, o patronato, o racismo, o imperialismo, tudo visto entre os judeus/cristãos, gregos e romanos, base do ocidente, para o bem e para o mal.
E um dos pontos chaves dessa janela de ventilação da consciência, ciência, alma e coração, de todas as dimensões do ser humano, é a ideia de que existem povos ou civilizações mais nobres, eternamente melhores do que os outros.
Os cidadãos do Mundo são divididos por castas étnico-raciais e patriarcalismo. As guerras só terão fim quando essa organização em castas cair, e todos efetivamentes forem livres e iguais, sem grilhões, grades e biombos.
Aqui no Brasil é latente essas muralhas. Nosso país nunca foi pacífico. O derramamento de sangue jorra das veias abertas da discriminação e exploração do outro. Somos um povo violentado e violento.
Sem falar na existência de miséria, entre nossos irmãos, que revela o egoísmo pululante da hipocrisia e ambição reinantes.
O Mundo tem recursos para todos. No entanto, o sistema escolhe quem merece ter acesso a eles, sob o crivo dele, como os europeus e os americanos, enfim, o hemisfério norte, hodiernamente engolindo a seco o desenvolvimento da China, ao revés dos que são meramente descartáveis, os sobreviventes do hemisfério sul. São epistemologias absolutamente diferentes. Por quê? As coisas não podem ser diferentes?
Essa mudança não virá por autoridades e instituições, públicas, privadas ou eclesiásticas. Pois elas retroalimentam tudo isso. Não é interessante resolver o problema.
Eis que elas se abastacem da carniça, cada uma da sua maneira, mais-valia, tributos, dízimos e ofertas, exploração e grana, muita grana.
A transformação somente virá com o despertar humanitário das nações, outrossim em relação à mãe Terra.
O povo unido, imbuído dos mesmos propósitos, via uma revolução de valores e princípios (cultura), só ele, é capaz de converter o Mundo, não para qualquer religião ou agremiação política, mas, simplesmente, para uma vida sustentável e solidária.
Paulo Lemos é advogado em Mato Grosso.
Ainda não há comentários.