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A boca causa quase 50% das doenças cardíacas

  • Artigo por Rosário Casalenuovo Júnior
  • 04/06/2019 07:06:17
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Alguns estudos mais recentes da medicina defendem que as obstruções arteriais não advêm do colesterol, gordura no sangue, lembrando que a gordura animal é saudável e contém a mais variada fonte de vitaminas lipossolúveis para o organismo, tanto é que problemas cardíacos nos tempos antigos, época em que não havia geladeira e se usava a banha de porco ou manteiga, o número de problemas cardíacos era muito reduzido. 

Atualmente, os óleos vegetais, margarinas, açúcares, toxinas ambientais, o sedentarismo e estresse são acusados como causa principal para os problemas cardíacos, doença que aumentou em uma proporção assustadora nos últimos anos sendo a principal causas de morte. 

Na medicina alemã, cuja odontologia está inserida, (sendo que no Brasil foi separada em 1884), criou-se a odontologia biológica que interrelaciona os problemas da boca com o restante do organismo, salientando principalmete dentes que estão necrosados, mortos( feito o canal do dente ) e mantidos dentro da boca, além das infecções ósseas chamadas de cavitações osteonecróticas nos maxilares, na qual os dentes foram extraídos e ao invés da haver a formação óssea, ocorre o crescimento de um tecido gorduroso altamente tóxico denominado de N.I.C.O. ( Neuralgia induzida por cavitação osteonecrótica ), isto se relaciona com a dor crônica facial e no crânio, e causa problemas cardíacos devido à altíssima concentração de substâncias tóxicas, cujas causam a chamada inflamação silenciosa.

As doenças periodontais como bolsas gengivais que se formam com o descolamento da gengiva dos dentes e com isto vai se formando uma bolsa, na qual entram bactérias anaeróbicas, mais danosas ao organismo. Estas regiões não dão acesso para as escovações, mesmo com todo empenho, fio dental não entra na gengiva, e com isto acontece uma inflamação crônica na região. Estas bactérias vão se soltando e entrando na circulação sanguínea. Os dentes com canal obturado tem na sua estrutura canalículos dentinários de tamanho microscópico, e que alojam as colônias bacterianas que se desprendem e caem no sangue também, como o dente está morto, as células de defesa não chegam até lá e com isto os sítios bacterianos ficam reinando sem nenhum incômodo. As bactérias se alimentam e com isto fazem suas secreções, lançando toxinas altamento danosas ao organismo causando também inflamação crônica, principalmente nas artérias coronárias.

Não é apenas as bactérias que causam danos, mas também as suas toxinas que alteram o DNA das células causando inclusive o câncer, segundo a medicina alemã. 

O INCOR ( Instituto do Coração da Universidade de São Paulo/USP ) lançou um estudo recente que ressalta a influência da boca sobre os problemas cardíacos em um número de 45%. Porque acontece isto? 

As inflamações crônicas são tidas como excreções do organismo, ou seja, como se fosse um lixo que o organismo “incápsula “mas não consegue se livrar dele e fica circulando nos vasos. Os vasos sanguíneos sofrem também inflamação nas suas paredes e isto provoca um acúmulo de gordura causando o entupimento, formando trombos e podem causar AVC (cerebral); outro fator são as bactérias que caem na circulação e passarão naturalmente pelo coração e podem se fixar nas suas cavidades causando a endocardite bacteriana. 

Um paciente destes que por ventura tiver que ser internado no hospital por qualquer motivo de saúde e com baixa de resistência, poderá sofrer uma septicemia que é a infecção generalizada, que pode ser chamada erroneamente de infecção hospitalar, porém os agentes causadores estavam dentro da boca esperando uma oportunidade para invadir o organismo por completo e levar à morte. 

A odontologia mesmo sendo atual, super tecnológica, com recursos materiáis e técnicos surpreendentes, se distanciou do organismo da biologia, que ao meu ver a evolução industrial é muito importante, porém representa apenas 10% das vantagens de um tratamento, considero o conhecimento sobre organismo humano os 90% restantes. Esta odontologia super tecnológica passou a fazer apenas a substitutição de materiais nos dentes e agora mais recente os tratamento estéticos subcutãneos.

As respostas para tratamentos e prevenção dos problemas cardíacos causados bela boca, estão além da odontologia convencional, se encontram também na odontologia biológica que estuda e trata destes problemas, mas por ser muito nova, ela é ainda pouco difundida no Brasil. Outra novidade é o uso do gás ozônio para o tratamento de canais dos dentes mortos para a aliminação das bactérias tanto dentro do canal, mas principalmente dos canalículos dentinários que formam as paredes de 90% dos dentes como se fosse uma colméia de abelhas e no caso são “colméias de bactétias”.

A ozônio terapia ou ozonoterapia é fundamental para o tratamento das infecções e também para a eliminação das inflamações crônicas da boca, mas também do organismo. É utilizado nos principais países do mundo, salvando muitos pacientes de infecções como septicemia que ainda mata muito no Brasil, onde o ozoynio não está liberado para a medicina, apenas para a odontologia.

Por isto que podemos através da boca previnir muitos problemas crônicos do organismo. Esta é uma nova odontologia, interligada com a medicina e que unifica o organismo dilacerado cientificamente, para uma didática, porém a compreensão do segmento acabou por prevalecer. Mas hoje a medicina denominada de integrativa (Canada, Alemanha e USA ) vem para tratar o paciente inteiro, não apenas de suas doenças, mas fortalecendo a saúde. A odontologia Biológica e a funcional é a integração com a medicina que viveu isolada pela odontologia (mecânica restauradora) por todo este tempo.


Rosário Casalenuovo Júnior é diretor clínico do Instituto Machado de Odontologia; co-autor do livro Cirurgia Ortognática e Ortodôntica; presidente da ABOR-MT (Associação Brasileira de Ortodontia – SEC.MT) Especialista em: Ortondontia (Bioprogressiva e Arco reto); Ortopedia Funcional dos Maxilares Dor Orofacial e Disfunção de ATM
Email: dr.rosario@institutomachado.com.br



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