• Cuiabá, 21 de Novembro - 00:00:00

Perdendo Bilhões

O setor hidro energético brasileiro e mato-grossense precisa de um novo marco; o do desenvolvimento sem punir o bolso da sociedade. Em toda a história chegamos ao ápice de um assalto financeiro autorizado e planejado. Infelizmente esta trilha de omissão e punição parece que continuará nos destinos do setor e da sociedade. Este diagnóstico é traçado mediante os discursos daqueles que pretendem seguir como nossos eleitos representantes.

Em nosso amado e cheio de potencialidades Estado de Mato Grosso, existem discursos nada convincentes de que este setor que naufraga em águas rasas, receberá de fato a atenção que precisa e merece. Simplesmente não esta na pauta dos nossos representantes permitirem que este gigante do desenvolvimento se levante no Estado. Será que desconhecem esta celeuma de empresários sérios, ou seria mesmo a falta de trabalho e seriedade no desenvolvimento de politicas de Estado?

Perguntas simples, que merecem ser respondidas com sinceridade que cabe a todos aqueles que detêm de mandato para governar em benefício da coletividade, e não apenas em favor de si. É lamentável ver gestores gastarem milhões de reais dos cofres públicos, tendo como justificativa a busca de investimentos estrangeiros, que muitas vezes não chegam. E enquanto isso os investidores da casa, nós aqui mesmo de Mato Grosso imploramos por permissão para investir na mesma moeda, e mesmo assim sem conseguir.

Não estamos falando de centavos, mas de R$ 50 bilhões em investimentos apenas em Mato Grosso. Recursos estes que já começam a ir embora, porque a partir do momento em que a iniciativa privada precisa implorar para conseguir contribuir com a  economia e o desenvolvimento, e ainda assim recebe a porta na cara, ela simplesmente muda a rota, aborta o crescimento.

Nos últimos anos este foi o desastroso cenário do setor energético em Mato Grosso, que insiste ainda em pedir espaço ao governo do Estado, a Assembleia Legislativa e ao Ministério Público, as PCH`s, (Pequenas Centrais Hidrelétricas) precisam emergir, e não estamos falando de outorgas não, porque estas o governo Federal, mesmo diante de fortes turbulências da nação, ainda fez andar este pleito.

Ou seja, a inércia maior é local; é falta mesmo de interesse no desenvolvimento, é como entregar uma receita do milagre econômico, mas rasga-la, pelo simples fato de não saber empreender, ou de coragem mesmo para desburocratizar. E se falta espírito empreender na coisa pública, este resiste bravamente aos representantes do setor da energia. Aguardamos com fé as boas praticas dos governantes que serão eleitos, o setor de energia quer lembrar que as PCH´s não atrapalham a vida do Pantanal e muito menos do homem pantaneiro, que nas áreas indígenas, o trabalho socioambiental será permanente com ações de desenvolvimento da cultura, saúde, educação, agricultura e, até mesmo, a criação de peixes. Que nós temos uma agenda altamente positiva, que se traduz em um compromisso honroso com o desenvolvimento de nosso Mato Grosso.

Ao sindicato que representa o setor, o Sindenergia, segue a reafirmação da nossa união como símbolo de luta pelo desenvolvimento, apostando sempre no sucesso, mesmo frente às dificuldades que devem ser superadas com o trabalho do presidente recém-empossado Eduardo Leite de Barros Oliveira, voltado sempre para o fortalecimento da geração de energia limpa e renovável, fotovoltaica e hidráulica.

O setor espera que não seja necessário passar mais quatro anos implorando por atenção, respeito e espaço, mas ao contrário disso, gostaríamos que nos próximos anos a nossa marca pudesse orgulhosamente mostrar as muitas benesses que as PCHs e UHs promoveram em nosso Mato Grosso. Neste Estado que nunca decepciona em potencialidades, para quem não sabe, ou pouco interessa saber, diremos assim mesmo, somos proeminentemente fornecedor de energia, que se converte em geração de emprego e investimentos.  Que jamais esqueçam que temos o melhor potencial na geração de energia do Brasil. Deixe-nos apenas trabalhar e investir.

  

Ralph Rueda é conselheiro da ABRAPCH – Associação Brasileira de PCHs e CGHs  e diretor do Sindenergia MT.



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