Em uma reflexão comigo mesmo, sobre a minha própria pessoa, concluí que as maiores dificuldades que enfrentamos, não são necessariamente as que vem de fora para dentro, ou por aquilo que não está sob nosso alcance e controle, com algumas exceções, como as tragédias.
Acabam sendo as de dentro para fora, a partir de vaidade, orgulho, preguiça, egoísmo ou ignorância, entre outras vissitudes e seus derivados identificados em diversos sentimentos, nem sempre conscientes.
Por outras vezes, sim, embora tentemos dissimular para nós mesmos, quando na verdade sabemos, ou seja, sempre que entramos em estado de auto engano.
O duro é quando prejudicamos terceiros, de alguma forma qualquer, por omissão, negligência, imperícia ou cônscios.
Tem relação direta com nosso nível de desenvolvimento humano e autoconsciência, que demanda um exame interno, sincero conosco mesmo e com os demais.
Precisamos do arrependimento, quando necessário, da reparação de algum dano causado, quando possível, sem, porém, se martirizar, se aprisionar no sentimento de culpa, e, sim, de autoamor e amor ao próximo, sem se abandonar, contudo sem virar as costas para a justa e responsável forma de pensar e agir. Uma justiça amorosa, não egoísta e sádica.
Quando aceitamos o convite de olhar para dentro e mergulhar em nós mesmos, imergir, com o propósito de fazer esse mapeamento, de obter esclarecimento do que está oculto ou recalcado em nós, para potencializar as virtudes, corrigir os erros e conhecer nossa autêntica identidade, sem filtros e máscaras, nos tornamos mais humanos e passamos a ter condições de fazer ao próximo somente o quê gostaríamos que ele fizesse por nós. Conquistamos equilíbrio emocional, saúde física e paz de espírito.
Até mesmo começamos a ter condições e capacidade de nos amar e permitir sermos felizes.
Paulo Lemos é advogado.
Ainda não há comentários.