A Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso (DPEMT) recebeu nesta segunda-feira (21), em Cuiabá, a ativista e presidente da Rede Nacional de Pessoas Trans (Rede Trans Brasil), Tathiane Araújo, para discutir projetos e ações com foco na capacitação e empregabilidade do público LGBTQIAPN+, em especial as pessoas trans e travestis de Mato Grosso.
O objetivo de reunião foi estabelecer um diálogo buscando parceria entre a DPEMT e a Rede Trans Brasil que visa dar atenção à comunidade trans mato-grossense que luta para se inserir no mercado de trabalho de forma digna.
Durante o encontro, Tathiane apresentou às defensoras o “Projeto Oportunizar”, uma iniciativa da Rede Trans Brasil focada na empregabilidade e inclusão social de pessoas trans e travestis. Lançado em 2021, o projeto tem como objetivo criar oportunidades de trabalho e oferecer cursos profissionalizantes, a fim de melhorar a qualidade de vida dessa população.
“O ‘Oportunizar’ é uma rede criada com nossas filiadas em todo o Brasil para incidir diretamente com organismos do sistema Judiciário, da gestão pública na área do trabalho e com o Legislativo para buscar boas práticas e ações para combater a falta de acesso à formação e empregabilidade, criando oportunidades de empreendedorismo para as pessoas trans. Existe um rito de exclusão social a partir da discriminação e preconceito que não começa no campo de trabalho. É uma bola social que cresce, pois quando você tira a oportunidade da educação das pessoas e ela perde o pilar da família, ela não se encontra em pé de igualdade e isso vira uma somativa de exclusões”, afirma Tathiane Araújo.
A defensora pública-geral da DPEMT, Luziane Castro garante que a Defensoria Pública de Mato Grosso está de portas abertas para realizar ações de forma conjunta com a Rede Trans Brasil.
Luziane destaca que a Defensoria Pública já conta com o Núcleo de Direitos Difusos e Coletivos, que atua na defesa dos direitos da população LGBTQIAPN+. No entanto, a instituição também está em processo de implantação do Núcleo de Direitos Humanos, visando ampliar sua atuação em diversas pautas sociais, incluindo a promoção da empregabilidade de pessoas trans.
“O que precisar da Defensoria Pública, nós estamos à disposição para poder construir projetos, reunir e debater. Atualmente não temos um núcleo especializado, mas estamos buscando implementar o Núcleo de Direitos Humanos para que possamos ter defensores e defensoras trabalhando com essas pautas de forma direta. Por isso que eu digo, a DPEMT está sempre de porta abertas e sempre estamos prontos para colaborar”, afirma Luziane.
Por Paulo Henrique Fanaia/Comunicação DPMT
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