Mari Vianna
Você já parou para pensar que a forma como nos comunicamos no trabalho pode mudar completamente o clima do escritório? Pois é, segundo pesquisa, um ambiente de trabalho respeitoso aumenta a produtividade em até 25%. Isso quer dizer que a forma como você fala e escuta impacta diretamente no desempenho do seu trabalho e dos outros.
Outro dado interessante é que o investimento em capacitações que desenvolvem as soft skills (habilidades comportamentais) dos profissionais, como é o caso da comunicação, podem reduzir em até 30% casos de assédio e 40% casos de Burnout e depressão.
Este contexto justifica o porquê a técnica da Comunicação Não-Violenta (CNV) vem conquistando cada vez mais espaço nas empresas, tanto públicas quanto privadas, pelo mundo afora.
Mas, vamos descomplicar: O que é essa tal de CNV? Bem, lá nos anos 60, o psicólogo americano Marshall Rosenberg, desenvolveu uma forma de se comunicar que facilita a conexão e o entendimento entre as pessoas, deixando de lado os julgamentos e toda a violência escondida nos gestos e palavras, para focar em como atender as necessidades dos envolvidos.
Para isso, ele se inspirou em figuras como Gandhi e Martin Luther King, que apostavam na não-violência para resolver conflitos e defender direitos civis. Mas, se engana quem pensa que a CNV tem a ver com ser boazinha (o) e falar baixinho, ou ainda engolir sapo. Trata-se muito mais de falar com autenticidade e honestidade o que você pensa, usando um tom empático e que não magoe o outro.
Em resumo, é trocar o "eu ganho, você perde" pelo "todos ganham". E no mundo corporativo, onde a pressão e a competição podem ser tóxicas, trazendo infelicidade e doenças ocupacionais, essa conexão pode ser o segredo para um ambiente de trabalho mais leve, produtivo e feliz.
Sabe aquela hora em que a tensão está alta e você sente que uma discussão está prestes a explodir? É aí que entra a CNV. Em vez de julgar e criticar, focamos em observar, entender sentimentos e necessidades e em fazer pedidos. É como colocar um filtro de empatia nas nossas conversas, trazendo entendimento invés de confronto.
As grandes instituições já estão ligadas nisso. Um exemplo é o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), que está investindo na capacitação dos servidores em CNV, para que eles possam lidar melhor com conflitos internamente, bem como atender a sociedade com ainda mais empatia.
Na última semana estive lá para ministrar o workshop Meu Melhor Tom no Trabalho sobre o assunto, e foi incrível ver como as servidoras e servidores perceberam a importância de construir um ambiente de trabalho seguro e acolhedor, bem como ter um olhar mais empático em relação aos outros.
E olha, não é papo furado. Estudos mostram que passamos quase um terço da nossa vida no trabalho. Então, criar um espaço onde nos sentimos bem é fundamental para nossa saúde física e mental. E falando nisso, saúde física e mental andam de mãos dadas, mas isso é assunto para outro dia.
O importante é saber que a CNV pode te ajudar a transformar o seu ambiente de trabalho, tornando-o mais produtivo e menos estressante. Porque, no final das contas, é tudo uma questão de falar com o coração e de construir pontes em vez de muros. Empresas que entendem isso têm funcionários mais saudáveis, felizes e criativos. Então, que tal começar a praticar a CNV hoje mesmo? Suas conversas nunca mais serão as mesmas!
Para saber como fazer isso, siga o instagram @meumelhortom e confira nossas dicas e opções de treinamento!
Mari Vianna é Jornalista e Filósofa, especialista em Comunicação Não Violenta e Combate ao Assédio.
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