Luciana Brites
Cada ser humano é diferente do outro e a forma como lidam com questões emocionais e de saúde mental também. Muito se fala sobre saúde mental, mas estamos prestando atenção ao comportamento das crianças? É muito importante que todos, que convivam e estejam ao redor do pequeno, estejam atentos às mudanças de humor e comportamento.
Quando falamos de saúde mental nos referimos a como nossa mente e coração se sentem e funcionam. Relaciona-se a como nos sentimos por dentro e como lidamos com nossos pensamentos e emoções. Estar atento à saúde mental infantil se faz necessário porque ela desempenha um papel fundamental em seu desenvolvimento e bem-estar.
Além disso, afeta como elas aprendem, se relacionam com os outros e enfrentam os desafios da vida. Quando as crianças estão emocionalmente saudáveis, têm mais chances de serem bem-sucedidas em todas as áreas e aspectos de suas vidas.
Os principais fatores de risco ligados à saúde mental infantil estão relacionados à violência, social e familiar; bullying; violência sexual; e problemas socioeconômicos.
Alguns sinais de alerta que as crianças demonstram são mudanças drásticas de comportamento, problemas de sono, expressão de emoções, declínio no desenvolvimento escolar e comentários que podem ser vistos como preocupantes. Na mudança de comportamento, passam a se isolar, evitam contato social e expressam tristeza de maneira contínua.
Os problemas de sono têm reações como constantes dores de cabeça, estômago ou recusa em ir à escola. Na expressão de emoções, a criança pode começar a ter, por exemplo, medo de tudo. A expressão de emoções incomuns ou extremas pode ser um indicativo de que algo está perturbando a criança.
Já o declínio no desempenho escolar também pode ser sinal de dificuldades emocionais. Nos comentários preocupantes fazem afirmações como que desejam desaparecer, se machucam ou machucam os outros. Esses comportamentos devem ser levados a sério.
Muitos pais se perguntam o que fazer diante dessas circunstâncias. O mais indicado é conversar com a criança e abrir um espaço seguro para que elas possam falar dos seus sentimentos. É necessária uma escuta empática e sem julgamentos.
Também é importante um apoio profissional para que essa criança seja amparada e que suas necessidades sejam compreendidas. Procure reduzir o estresse criando um ambiente familiar calmo e de apoio. Identifique os sinais de alerta e procure ajuda. Lembre-se, buscar ajuda não é sinal de fraqueza, mas, sim, de amor e cuidado.
(*) Luciana Brites é CEO do Instituto NeuroSaber (https://institutoneurosaber.com.br ), autora de livros sobre educação e transtornos de aprendizagem, pedagoga, palestrante, especialista em Educação Especial na área de Deficiência Mental e Psicopedagogia Clínica e Institucional pela UniFil Londrina e em Psicomotricidade pelo Instituto Superior de Educação ISPE-GAE São Paulo, além de ser Mestra e Doutoranda em Distúrbios do Desenvolvimento pelo Mackenzie.
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