Regina Botelho
Na decisão que determinou o afastamento imediato do prefeito de Tapurah, Carlos Capeletti, ontem (7), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, detalhou os atos contra a Democracia ocorridos em Mato Grosso, e considerou episódio ocorrido com caminhões do grupo Amaggi (sendo alvo de ataques de grupos bolsonaristas no Pará).
Em trecho da decisão pontua: "veja-se ainda a ocorrência de atos de indisfarçada perseguição política, como a que teria ocorrido em 27/11/2022, com o uso de armas de fogo contra caminhões da empresa Amaggi, em razão de um de seus acionistas ser o ex-ministro da Agricultura Blairo Maggi, liderança que condenou publicamente os atos antidemocráticos".
Extremismo
O Ministro delineou fatos verificados no Estado, que atingiram em cheio a Constituição.
"Nas semanas seguintes foram registrados novos bloqueios em estradas, invasão de espaços administrados pela empresa concessionária que administra a rodovia BR-101, com atos de violência contra funcionários e vandalismo contra prédios, veículos e equipamentos; além de dificuldades de trânsito, locomoção e acesso a serviços essenciais, como atendimento médico de urgência e ambulatorial e comparecimento de estudantes ao Exame Nacional do Ensino Médio. Além de inúmeros acidentes de trânsito decorrentes da ocupação irregular de vias públicas".
Pontuou em outro trecho que "merece registro e veemente repúdio as notícias que reportam atos de constrangimento à liberdade de expressão e opinião política, com formação e divulgação de listas de estabelecimentos comerciais conforme a orientação político-partidária de seus donos, na tentativa de inibir as suas atividades ou desencorajar a preferência dos consumidores".
Prefeito
Em relação ao prefeito de Tapurah, observou também que: de outro lado, há o incentivo de lideranças políticas que fomentam e encorajam o engajamento em atos de distúrbio social, como o praticado pelo Prefeito de Tapurah, CARLOS CAPELETTI, mediante discursos de incentivo à vinda de caminhões para Brasília, com a inequívoca intenção de subverter a ordem democrática, afirmando, segundo noticiado pela imprensa local: "Se até o dia 15 de novembro o Exército não tomar alguma atitude em prol da nação brasileira e da nossa liberdade, nós vamos tomar atitude. Tenho certeza que, aos milhões lá, alguém vai ter uma ideia. Vamos tomar o Congresso, o STF (Supremo Tribunal Federal), até o Planalto. Se até lá o Exército não tomar uma atitude, vamos nós fazer uma nova Proclamação da República".


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