Da Redação
O presidente regional da Energisa, Riberto José Barbanera, reagiu aos questionamentos pontuados na CPI da Assembleia Legislativa que quer explicações, entre série de "denúncias" - sobre valores de tarifas.
"A Energisa não é responsável pela definição da tarifa cobrada pela energia elétrica", cravou.
Ele disse que "a empresa está trabalhando para melhorar o atendimento ofertado aos consumidores e rechaçou as denúncias de adulteração dos medidores, que, segundo ele, são aprovados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro)".
José Barbanera integrou a reunião recente da CPI da Energisa. Esta foi a última oitiva realizada antes da entrega final do relatório da comissão, que deverá acontecer até o mês de maio.
Confira mais informações:
Antes de dar início aos questionamentos feitos pelos deputados, Riberto Barbanera apresentou informações sobre a atuação da empresa no estado. Segundo ele, a Energisa possui cerca de 2,5 mil colaboradores, atende 8,2 milhões de clientes e, no período de 2015 a 2021, investiu cerca de R$ 4 bilhões em Mato Grosso. Para 2022, a estimativa de investimento é de R$ 793 milhões.
Em resposta a uma das perguntas feitas por deputados presentes na reunião, o gestor negou que grande parte dos faturamentos da empresa é feito com base na média de consumo dos clientes. Segundo ele, do total de 1,2 milhão de leituras feitas por mês no perímetro urbano, algo em torno de 8 mil são feitas com base na média de consumo devido a algum tipo de impedimento, o que representa 0,6%.
Representante da região do Araguaia, o deputado Dr. Eugênio (PSB) pontuou as dificuldades enfrentadas pela população que reside na zona rural e reivindicou a melhoria dos serviços prestados nestas localidades.
O relator da CPI, deputado Carlos Avallone (PSDB), lembrou que a Comissão foi instalada com três objetivos principais: investigar a Energisa quanto ao aumento abusivo nas contas de energia elétrica nos municípios do estado, o enxugamento nos quadros de funcionários e a má prestação dos serviços concessionados.
Em relação ao aumento abusivo do valor da conta de energia e levando em conta o reajuste de mais de 20% nas tarifas de energia, anunciado na semana passada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o parlamentar informou que a Procuradoria da Assembleia Legislativa de Mato Grosso irá acionar a Justiça para que a agência apresente os cálculos que embasaram o reajuste e explique a existência de uma possível bitributação sobre o valor da tarifa.
Segundo ele, as informações estão incluídas no relatório final da CPI, que será encaminhado aos órgãos competentes e também ao Congresso Nacional para a tomada de providências.
“Nós vamos levar isso ao Congresso Nacional, para que ele faça as mudanças que achar necessário, vamos discutir o índice de reajuste, vamos pedir para que mude para o INPC (Índice de preços no consumidor), que é um índice menor.Vamos propor vários assuntos ao Congresso Nacional e vamos exigir que o atendimento seja melhor. Vamos fazer todo os acompanhamentos que cabem à Assembleia”, assegurou.
O presidente da CPI, deputado Elizeu Nascimento (PL), reforçou o compromisso de apresentar resultados à população e afirmou que os trabalhos da Comissão nunca foram interrompidos, embora tenham sido prejudicados por conta da pandemia da Covid-19.
“É importante lembrar que a CPI não tem o poder de punir. Nós investigamos, elaboramos o relatório e encaminhamos às autoridades competentes, para que elas tomem as providências necessárias. É melhor adiarmos a conclusão dos trabalhos para poder fazer algo sério e, de fato, dar uma resposta à sociedade, do que fazer as coisas no afogadilho. É com seriedade que vamos fechar a CPI da Energisa”, disse.
O vice-presidente da CPI, deputado Thiago Silva (MDB), também enalteceu a seriedade dos trabalhos realizados pela Comissão e afirmou que, após a entrega do relatório, a Assembleia irá cobrar resultados. “A população não está satisfeita com a prestação de serviços pela Energisa e o relatório que será entregue pela Comissão irá pontuar essa insatisfação”, acrescentou.
Primeiro-secretário da ALMT, Max Russi (PSB), também ressaltou a qualidade dos trabalhos realizados pela CPI e o compromisso com a entrega de resultados à população.
Com Comunicação AL-MT
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