Da Redação
Estimativa da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) aponta que "cerca de um terço dos alimentos produzidos no mundo não chegam a ser consumidos".
A observação foi pontuada pelo presidente da Assembleia Legislativa, Max Russi (PSB) - balizando Projeto de Lei de sua autoria, aprovado hoje (6) em primeira votação no Poder Legislativo - que "prevê doação de excedentes de alimentos e refeições prontos, para o consumo a entidades de assistência social ou religiosas".
Russ argumentou que essa é uma forma, tanto de combater fome, quanto o desperdício de alimento - assinalando que o benefício também "se estende às famílias, grupos em situação de vulnerabilidade ou de risco alimentar ou nutricional".
Conforme a nova medida, os doadores poderão ser estabelecimentos que fornecem à empresas, hospitais, supermercados e cooperativas, entre outros, para o consumo de trabalhadores, empregados, colaboradores, parceiros, pacientes e clientes em geral.
Já os critérios, definidos pela proposta de Max Russi, estabelecem ainda que os alimentos e refeições estejam dentro do prazo de validade e nas condições de conservação indicadas pelo fabricante, quando aplicável. “É um quesito importante, que precisamos observar com todo cuidado”, reforçou.
Max Russi disse que, segundo dados do Ministério da Saúde, 5.653 pessoas morreram de desnutrição em 2017 no Brasil, sendo uma média de mais de 15 pessoas por dia. Ainda de acordo com dados do Programa Ambiental das Nações Unidas (pnuma), enquanto uma, em cada sete pessoas no mundo, sofre com desnutrição, um terço de toda a comida produzida pelo sistema agrícola global é perdida a cada ano. “O nosso desafio é o de conciliar esses dois problemas, tornando um a solução do outro”, complementou.
Outro ponto, destacado pelo parlamentar, foi quanto aos reflexos negativos da pandemia, em relação às ações de combate a fome. “Por um lado, o avanço da Covid, que trouxe ameaça ao emprego e a renda de parcela significativa da população. Por outro, embaraçou o comércio a ponto de assistirmos estarrecidos ainda mais alimentos serem jogados no lixo por falta de compradores. Precisamos mudar essa realidade, estando ou não em uma pandemia”.
Com informações Assessoria
Ainda não há comentários.
Veja mais:
Inteligência artificial ameaça aprendizado da escrita, alerta autor
MPF alerta que irá acompanhar demarcação da Aldeia Tsõreprè
Em 40 anos, Amazônia perdeu área de vegetação do tamanho da França
Por que Popper ainda importa?
Hora de incluir Taiwan na ONU - Assembleia de 2025 é chance de corrigir desequilíbrio
Gestão documental: a base para transformar IA em vantagem competitiva
Governo e UFMT: parceria para estudo sobre cadeia de fertilizantes
MP: réu é condenado a 10 anos e oito meses por atropelamento
Ministério da Fazenda ajusta projeção da inflação para 4,8% em 2025
VG: Operação da Rotam prende três pessoas por tráfico de drogas