Da Assessoria
Um acordo no começo da noite da terça-feira, 31, com o Ministério da Infraestrutura vai permitir que o chamado ‘Marco Legal das Ferrovias’ seja estabelecido com a aprovação do Projeto de Lei 261/2018, e não através da Medida Provisória 1061/2021, editada na segunda-feira pelo Governo Jair Bolsonaro.
O projeto de lei, segundo o senador Wellington Fagundes (PL-MT), presidente da Frente Parlamentar de Logística e Infraestrutura (Frelongi), deve ser votado esta semana pelo Senado.
Com o entendimento, foram estabelecidas condições para que o Governo de Mato Grosso possa realizar no próximo dia 3, o chamamento público para a construção da Ferrovia Estadual que vai ligar os trilhos da Ferronorte, em Rondonópolis, até capital Cuiabá e aos municípios, Nova Mutum e Lucas do Rio Verde. O chamamento tem como base Lei Complementar aprovada pela Assembleia Legislativa, cujo teor foi subsidiado pelos gabinetes dos senadores Wellington Fagundes e Jayme Campos.
O entendimento para votação do PL 261/2018 se deu após a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovar requerimento ao presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para que devolvesse a Medida Provisória, tornando-a sem efeito. Liderados pela bancada de Mato Grosso, os senadores argumentavam que MP, publicada no Diário Oficial da União, atropelava o PL 261/2018.
Relatado pelo senador Jean Paul Prates (PT-RN), o projeto estava pronto para ser votado em plenário. A MP acabou pegando os senadores de surpresa - o que gerou descontentamento generalizado. Fagundes observou que a matéria em tramitação havia sido amplamente discutida com todos os segmentos.
No acordo, Freitas concordou com a tramitação do PL de José Serra, considerado mais abrangente que a MP. Na reunião, senadores também mostraram ao ministro que o PL foi amplamente discutido com a sociedade e também no Parlamento. “Tivemos muitas tratativas com o governo e, inclusive, com o ministro Ciro Nogueira” – lembrou o senador do PL de Mato Grosso.
Com o entendimento, foram estabelecidas condições para que o Governo de Mato Grosso possa realizar no próximo do 3 o chamamento público para a construção da Ferrovia Estadual que vai ligar os trilhos da Ferronorte, em Rondonópolis, até capital Cuiabá e aos municípios, Nova Mutum e Lucas do Rio Verde. O chamamento tem como base Lei Complementar aprovada pela Assembleia Legislativa, cujo teor foi subsidiado pelos gabinetes dos senadores Wellington Fagundes e Jayme Campos.
“Sem esse entendimento não haveria segurança aos que desejam investir nessa ferrovia. Estamos falando de um empreendimento que supera a casa dos R$ 12 bilhões. Felizmente, essa questão já está superada e vamos votar o projeto proposto pelo senador José Serra” – frisou Fagundes.
O ministro Tarcísio de Freitas afirmou que o Governo Federal vê com ‘excelentes olhos’ a iniciativa do Governo do Estado no projeto de avançar a Ferronorte para Cuiabá e depois para a região Norte. Segundo ele, o Ministério da Infraestrutura já incorporou o projeto no planejamento de transporte. “Tudo que se fizer de infraestrutura em Mato Grosso é pouco” – disse o ministro. Segundo ele, a MP editada pelo Governo “vai tratar de autorizações em outras regiões do Brasil apenas”.
Além de Fagundes, participaram da reunião os senadores Carlos Favaro (PSD) e Jayme Campos (DEM), o relator do PLS 261/2018, Jean Paul Prates (PT-MT), José Aníbal (PSDB-SP), Carlos Viana (PSD-MG) e Carlos Portinho (PL-RJ), além do líder do Governo, Fernando Bezerra.
Ainda não há comentários.
Veja mais:
Vice-governador promete fortalecer agro e avançar em investimentos
PC confirma prisão de casal suspeito de torturar crianças
Governo de MT destaca programa SER Família Habitação
Senador Wellington Fagundes assina CPMI da Vaza Toga
Tribunal de Justiça de Mato Grosso alerta sobre golpe do pharming
Inteligência artificial ameaça aprendizado da escrita, alerta autor
MPF alerta que irá acompanhar demarcação da Aldeia Tsõreprè
Em 40 anos, Amazônia perdeu área de vegetação do tamanho da França
Por que Popper ainda importa?
Hora de incluir Taiwan na ONU - Assembleia de 2025 é chance de corrigir desequilíbrio