Da Redação
A Assembleia Legislativa aprovou - em sessão nesta segunda-feira (19), substituto integral à Mensagem do Governo do Estado sobre o novo formato do Fundo de Equilíbrio Fiscal do Estado (Feef). A matéria, conforme assinalado pelo presidente da AL, Max Russi (PSB), vai à redação final.
Abstenção foi contabilizada pelos deputados Ulysses Moraes, Xuxu Dal Molin e Faissal Calil.
O modelo validado prevê destinação de 80% dos recursos para divisão entre hospitais filantrópicos e municípios e 20% para o setor de assistência social.
Debates
A sessão contou com acalorados debates, entre defesas e críticas.
O texto recebeu parecer favorável da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR).
Na linha de defesa do texto, o deputado Wilson Santos (PSDB) se destacou pelo discurso de defesa do Governo - elogiando as ações que asseguram, segundo ele, saldo positivo de R$ 3 bilhões nos cofres do Executivo estadual.
Um dos principais contrapontos - já na linha da oposição, ocorreu por conta do deputado Lúdio Cabral (PT).
Citações de Wilson Santos
Wilson Santos citou passagem bíblica - em que Jesus questionado por um de seus discípulos sobre pagamento de impostos, respondeu - conforme pontuado por Santos: "dê a Deus o que é de Deus, e o que é de César a César" - considerando que nesse país, os mais ricos não querem pagar impostos.
Ulysses Moraes rebateu a análise de Santos sobre o referido texto, observando que "Jesus reconhece que interlocutores são maliciosos" - e contextualizou o cenário: "o Governo Humano ganha sobre os cidadãos" - emendando ainda que "a regra de Deus é governar com amor". Considerou que "se é o que César quer, dê a ele". E continuou: "temos dados a Deus o que é Dele. Vivemos dias muito difíceis na política, não sabemos quem é lobo e quem é ovelha".
E cravou: "precisamos saber quem representa o nosso governo", pontuando pedido para que "o nome de Deus não seja citado em vão".
Wilson Santos, então disse que "Jesus foi sem dúvida o mais impressionante de todos, mas suas palavras permanecem por mais de 2 mil anos. Foi morto porque disse que o imperador não era humano, era Deus. A partir do momento que Jesus anuncia que os Césares não eram dividos, veio a decisão de eliminá-lo".
Voz da oposição
Lúdio criticou o projeto - ressaltando que "o objetivo principal do projeto é assegurar incentivo fiscal para grandes empresas (agro) e que fazem contribuição pequena ao antigo Feef".
Disse ainda que "o Estado usa o projeto como escudo - a tal divisão de recursos entre a saúde e assistência social".
Acentuou ainda que "o Estado tem recursos de sobra para investir nesses setores".
A sessão de hoje irá deliberar ainda sobre outras pautas.
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