Depois de pedidos reiterados ao Governo Federal, visando a devida atenção ao tema, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta quinta-feira, 27, que "o Brasil deverá utilizar em breve os parques industriais de saúde animal para produzir vacinas contra a Covid-19".
A afirmação foi feita durante ato simbólico do início da vacinação dos portuários que trabalham em Santos, no litoral de São Paulo. O evento, na sede Santos Port Authority, contou com a presença do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas.
“Esse projeto será muito importante porque irá reforçar de maneira efetiva o nosso Programa Nacional de Imunização” – disse o ministro.
Vale lembrar que em Mato Grosso a terceira onda da pandemia dá sinais, com novo quadro - conforme boletim da Saúde do Estado, que colocou todos os municípios na lista com alto risco de contaminação.
O projeto que prevê a produção de Insumos Farmacêutico Ativo (IFA), envasamento e selagem em quantidade suficiente para imunização da população, vem sendo articulado pelo senador Wellington Fagundes (PL-MT), relator da Comissão Temporária do Senado, que integrou a comitiva. O projeto de lei que autoriza o uso dessas plantas industriais já foi aprovado pelo Senado.
A proposta em análise na Câmara dos Deputados determina o cumprimento de todas as normas sanitárias e as exigências de biossegurança próprias das fábricas destinadas à produção de imunizantes para humanos. Poderá haver incentivo fiscal para que as empresas façam as adaptações necessárias.
“Temos que buscar vacinas onde tiver. O problema é que não existe disponibilidade. Por isso, estamos trabalhando para assegurar que o Brasil possa, com transferência tecnológica dos contratos de importação de insumos, fabricar aqui mesmo a vacina – assinalou Fagundes. Ao mesmo tempo, seguir investindo nas pesquisas a cargo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação”.
De acordo com o Sindicato Nacional das Indústrias de Produtos para Saúde Animal (Sindan), o Brasil possui ao menos três grandes laboratórios com conhecimento e tecnologia para produzir vacinas de uso humano contra a Covid-19. Essas plantas estão certificadas pelo Ministério da Agricultura na classificação NB3+ e NB4, exigidas pela Organização Mundial de Saúde. Na semana passada, o ministro Eduardo Queiroga visitou uma planta industrial na cidade de Cravinhos (SP), em diligência organizada pelo Senado.
Barreira Sanitária
Presidente da Frente Parlamentar de Logística e Infraestrutura do Congresso, Fagundes enalteceu a iniciativa do Ministério da Saúde em atender o pleito político para imunização da população portuária. A medida também abrange os aeroviários. Segundo o parlamentar, além desses dois grupos, está sendo articulada também a vacinação dos condutores de carretas e caminhões.
Fagundes ressaltou a importância do ato porque permite a criação de uma ‘barreira sanitária’ contra o vírus, já que pelas zonas portuárias transitam pessoas de todo o mundo. Ele ressaltou que os operadores de portos – assim como os trabalhadores do ramo logístico – foram das poucas categorias que paralisaram as atividades. “Eles continuaram atuando, mesmo sob risco, e garantindo que o Brasil não paralisasse por completo” – ressaltou.
O grupo de portuários abrange funcionários das autoridades portuárias, funcionários de operadores (arrendatário ou autorizatários) e trabalhadores avulsos. Já no setor de aviação receberão a vacina funcionários de aeroportos, de companhias aéreas e de empresas prestadoras de serviços.
Com Assessoria
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