• Cuiabá, 15 de Setembro - 2025 00:00:00

Resiliência e esperança marcam o segundo Dia das Mães com pandemia

  • Em Geral
  • 09/05/2021 09:05:21

Álvaro Marinho - Especial para o FocoCidade

O Dia das Mães, celebrado neste domingo, e pelo segundo ano consecutivo, certamente, deve ser comemorado pelas famílias dentro de cuidados exigidos pelas autoridades sanitárias para evitar o contágio da Covid-19. E o isolamento social nesta data considerada especial requer também alternativas para festejar, em muitos casos sem poder abraçar, a vida dessas mulheres que trocam de nome próprio quando passam a ser chamadas de mãe, ou mamãe.

O dia, que marcado tradicionalmente no calendário no segundo domingo de maio, é uma data carregada de símbolos e de muito valor emocional, e, além disso, é o momento adequado para que os filhos fortaleçam os laços afetivos, que foram ligados pelo cordão umbilical, no período da gestação, ou pelo coração, quando mãe, filhos, filhas resolveram ressignificar o sentido do amor com sentimentos de paixão e carinho, nascidos pela adoção.

E mesmo sendo um acontecimento especial, a data tem sido nos dois maios, o de 2020 e deste ano, tempo de angústias, inseguranças e incertezas provocadas pelo temor do novo coronavírus. A cidade pode até voltar a ter um movimento mais intenso, mas, para muitas mães e filhos, ainda não afasta o sinal de alerta, de perigo.

“Na verdade, vivemos um período de desassossego e também de novas esperanças a cada dia”, diz a dona de casa Mônica Assis de Albuquerque que faz questão de comemorar o dia das mães na casa dela, em Cuiabá, na companhia dos dois filhos, noras e netos. “Já organizei com meu marido como vai ser, e no lugar dos beijos e abraços vamos trocar olhares”, ensina Mônica.

No entanto, a dona de casa faz questão de dizer que não é uma festa. “É um encontro até porque estamos tristes com a morte de um sobrinho vítima dessa doença (Covid-19). Minha irmã está desolada, muito sofrida, e vai ser um dia horrível na vida dela”, justificou Mônica.

Na pandemia, muitos filhos e mães, para não perderem a conexão familiar, têm usado tecnologias como forma de amenizar a distância física. “Nossas rotinas e hábitos foram mudados, e, com isso, no domingo, nem vamos à casa da minha mãe para evitarmos problemas de saúde. É difícil, mas com amor superamos tudo, porque vai passar”, destacou Igor Santana, engenheiro e mecânico de máquinas agrícolas.  

O domingo nove de maio também promete ser pra lá de especial para as mulheres que tiveram filhos durante a pandemia. “Agora, depois do parto, estamos mais aliviados, mas durante a gravidez tive medo, quase que constante, porque tinha que ir ao postinho de saúde e à clínica ginecológica para fazer o pré-natal. Não foi fácil. Mas, vencemos e não fomos contaminados”, sublinhou Adriana Alves de Oliveira, estudante do Curso de Pedagogia, da Católica de Mato Grosso (Unifacc), em Várzea Grande.

Ela contou que este dia das mães tem um significado de extrema importância e de muita alegria. “Minha gravidez não foi planejada, mas a Emanuelly chegou há três meses para completar a minha vida, do José Carlos, meu marido, e das nossas duas outras filhas, a Ana Júlia, que tem cinco anos, e a Maria Clara, a primeira que nasceu há nove anos”.

Adriana Alves tem esperança que dias melhores virão depois que a pandemia passar, e reconhece que foi privilegiada por ter atravessado o período de gestação sem ser infectada pela Covid. Como mãe de três filhas, agradece por ter a chance de estar com as meninas e de poder segurá-las nos braços. “Ser chamada de mãe não tem preço, só amor”, finalizou.




Deixe um comentário

Campos obrigatórios são marcados com *

Nome:
Email:
Comentário: