Onofre Ribeiro
Tenho lido os melhores articulistas do país. Lúcidos. Nem à direita. Nem à esquerda. A maioria dos tradicionais não é possível ler. Estão tóxicos. De direita e de esquerda. Comentaristas na televisão, fujo de todos. Uma ou outra exceção. Poucos lúcidos. Mas estão emparedados.
Os artigos publicados nos jornais e nos sites estão tóxicos. Há um ódio dominante no ar. De um lado, ódio absoluto contra o presidente Jair Bolsonaro. Faço a sua defesa. Se ele tivesse cometido uma das insanidades que Adolf Hitler cometeu na segunda guerra mundial, talvez o ódio fosse igual. É um ódio visceral. Parte gratuito e parte justificado.
O outro lado do ódio é ideológico ou burocrático. Vem do partidarismo de esquerda com seus dogmas, seus sindicatos vinculados ao serviço público. Vem também da estrutura burocrática do governo. Aqui é uma militância de holerite garantido no fim do mês envolvendo uma casta do serviço público. Outra vertente vem das universidades públicas que abriram mão da sua sagrada função para se tornarem diretórios de partidos políticos de esquerda.
Na ponta do cabo de guerra uma mídia ressentida grita por conta de ideologia vencida. Teve na mão e perdeu. E grita também por dinheiro. Pouco eficiente e pouco produtiva cresceu e se manteve por décadas à sombra dos generosos cofres públicos. Acabou o dinheiro público, acabou a fé na nação.
Esse conjunto de instituições e de seres públicos navega à sombra de um Estado destruído pelos conflitos internos. Poder Executivo com responsabilidades, mas sem autoridade. Congresso Nacional com autoridade mas sem responsabilidades. Poder Judiciário assumindo as sentenças e liminares no lugar das leis e dos decretos que seriam dos poderes Executivo e do Legislativo. O Congresso Nacional decidiu entregar ao Judiciário lá atrás, o poder de legislar sobre assuntos desgastantes. Não percebeu que ao ceder o seu poder legislativo perdeu todo o seu poder.
O Ministério Público é outro braço complicado dentro do Estado. Livre e independente é uma colcha de retalhos de crenças e de ideologias. É um super-Estado à margem do Estado.
Na ponta, um ser chamado cidadão trabalha 5 meses por ano exclusivamente pagando impostos pra sustentar o Estado algoz. Preocupado consigo, o Estado consome os impostos com salários, previdência e gastos mal gastos. Sem gestão pública, quanto mais arrecada mais se gasta. As instituições privadas também custeadas direta ou indiretamente com os impostos, preferem o silêncio cúmplice e irresponsável. Vivem a farra do “Baile da Ilha”, o último baile da Corte de Dom Pedro II. No dia seguinte veio a República e a orfandade dos poderosos da realeza.
Veio a pandemia em 2020. Encontrou o Estado gastando muito e vê hoje o Estado gastando muito mais. Sem dar respostas aos cidadãos sobre a pandemia. Mas vê a corrupção pegar carona deslavada no “estado de emergência”, uma ferramenta legal que permite a dispensa de licitações. Farra e mais farra com o dinheiro da doença financiando campanhas milionárias pras eleições gerais de 2022.
Pobre Brasil. Pobre Brasil. Pobre Brasil!!
Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso.


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