• Cuiabá, 17 de Setembro - 2025 00:00:00

Tema polêmico, votação online volta ao debate; Francis Maris defende mudanças


Rafaela Maximiano - Da Redação

Desde setembro do ano passado o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está pesquisando um sistema de votação online que possa ser usado pelo eleitor sem que ele tenha que sair de casa. O objetivo é que o voto possa ser dado pelo computador, tablet ou smartphone.

Através do edital "Eleições do Futuro", o TSE chamou empresas para apresentarem propostas de "soluções de evolução do sistema eletrônico de votação".  

Até então nenhum resultado oficial foi divulgado pelo órgão e as discussões sobre voto eletrônico, voto em papel e voto on-line vêm à tona principalmente quanto à segurança do sufrágio universal.

Paralelo a este cenário o distanciamento social e o “novo normal” imposto a todo o mundo pela pandemia da Covid-19, está fazendo os países, empresas e diferentes setores a repensarem os sistemas já existentes de trabalho, viagens, reuniões sociais, etc. 

O político mato-grossense, ex-prefeito de Cáceres, Francis Maris (PSDB), questiona e compara com outras tecnologias o voto online.

“Em função da tecnologia muitas coisas avançaram, drones, veículos teleguiados, satélites que funcionam via online. Se fizermos a comparação na época em que o homem foi à lua os computadores tinham menor potência que um celular hoje. Temos uma tecnologia fantástica à disposição, todos os procedimentos bancários atualmente podem ser realizados pela internet. Não será a hora de propor ao TSE o voto por aplicativo de celular? Não haveria aglomerações, nem filas, etc, bem como acredito deve baixar o custo do processo eleitoral. Na minha opinião a democracia sairia fortalecida”, avalia. 

Professor de direito e advogado, Hélio Ramos, não é contra a tecnologia, porém deixa claro que um novo método de votação deve apresentar segurança.

“Hoje a população tem desconfiança do atual sistema de votação eletrônico, mesmo o TSE mostrando sua segurança. Mas é verdade que já fazemos todas as nossas transações financeiras via internet, portanto, também é possível existir um aplicativo com segurança e transparência”, acredita.   

O jurista também pondera que uma discussão popular sobre o sistema de votação no momento de polarização em que vivemos geraria “grandes brigas”. “Lógico que é um tema polêmico e vai dar inúmeras discussões, brigas devido aos contrastes a favor e contra”, pontua.  

Francis Maris também avalia o fato da polarização e acrescenta a questão do crime da compra de votos no país.

“A prática de compra votos no Brasil é endêmica. Não adianta tampar o sol com peneira. É lógico o sistema que eu pensei, o eleitor vai ter o comprovante de ter votado, como é hoje. Eu penso que infelizmente a compra de votos sempre teremos, até o dia que o eleitor brasileiro ver que o crime não compensa. Pois quando ele vende seu voto, ele vende tudo: sua dignidade, ética, respeito, saúde, educação, serviços públicos de qualidade e políticos honestos. Sobre esse ponto de vista o sistema de votação não seria o culpado pela venda de votos, mas sim o eleitor brasileiro”, conclui.  

Em tempo, o tema foi amplamente debatido no grupo de WhatsApp do fococidade, nesta segunda-feira (15).




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