Da Redação
“Sempre fui favorável ao VLT, por ser mote de desenvolvimento, modernidade, dignidade, comodidade, conforto e símbolo desenvolvimentista para uma capital voltada ao futuro. No entanto, neste momento, a discussão não é VLT ou BRT, mas sim a necessidade de Cuiabá ser ouvida. Isso está nas leis, tanto no Estatuto das Cidades e Lei da Região Metropolitana. Essas leis exigem que as decisões relacionadas às obras dessa envergadura sejam feitas de forma compartilhada", discursou o prefeito Emanuel Pinheiro - ontem (4) - durante audiência pública na Assembleia Legislativa.
O prefeito reforçou "a necessidade de ampliação da discussão sobre qual é o melhor modal de transporte público para Cuiabá e Várzea Grande".
Na audiência pública, o chefe do Executivo municipal destacou que, "apesar de seu posicionamento favorável ao Veiculo Leve sobre Trilhos (VLT), sua luta neste momento é para que a população seja ouvida, independente de qual escolha for feita ao final".
No auditório da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Pinheiro lembrou que esse processo democrático, de ouvir os prefeitos das cidades envolvidas, foi o adotado, inclusive, na época em que o Governo do Estado optou pela implantação do VLT. Nesse sentido, ele entende que uma provável substituição pelo Bus Rapid Transit (BRT) também deve seguir essa mesma metodologia.
O prefeito disse ainda que alguns municípios da Região Metropolitana também podem participar das discussões sobre obras impactantes na Capital. "O modal já estava escolhido, projeto completo, financiamento aprovado, 80% da obra pronta e cerca de R$1 bilhão investido. Vou mais além, Cuiabá é uma Região Metropolitana, temos que envolver os municípios de Santo Antônio, Barão e Nossa senhora do Livramento na discussão. Minha posição é essa, a escolha tem que ser compartilhada e não somente o Estado deve tomar essa decisão unilateral”, argumentou.
O deputado federal Emanuel Pinheiro Neto, o Emanuelzinho, propôs um plebiscito para ouvir a população. “O transporte coletivo não é pra dar lucro, mas sim para dar comodidade às pessoas que necessitam de meio de locomoção. Em qualquer lugar do Brasil o VLT tem subsídio. Queremos saber se Cuiabá e Várzea Grande poderiam ajudar nesse subsídio, por exemplo, a gente não sabe. Vamos fazer um plebiscito para ouvir a população de Cuiabá e Várzea Grande", afirmou.
O deputado estadual Valdir Barranco, que foi o autor do requerimento para a realização da audiência pública, também reforçou que a população participe do debate sobre a troca do transporte público. "Quanto mais a população compreender um tema tão complexo que é essa mudança de modal será melhor para todas as partes. O Estado atropelou, queríamos a audiência antes da aprovação da troca do VLT para o BRT", explicou o deputado.
Governo
Em tempo, o Governo do Estado, por meio do secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, criticou o "formato" da audiência, pontuando ter sido o evento "armado" - já que o Executivo estadual não teria sido comunicado sobre a possibilidade de participação "presencial".
Com Assessoria
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