Rafaela Maximiano - Da Redação
“Formação política é a fórmula para que ocorram mudanças e novos comportamentos na nossa sociedade. E, a maioria da população vive uma realidade distante de uma formação política necessária para que ocorram mudanças em nossa sociedade.” A reflexão é do analista político Lourembergue Alves, que ao avaliar o atual cenário político e social para as eleições municipais do próximo dia 15 de novembro, afirma que essas eleições estão sendo atípicas somente pela pandemia da covid-19 e não há “o novo” ou ideias novas.
“No caso, de Mato Grosso, os candidatos a prefeito procuram se aliar a uma ou a outra candidatura ao Senado, e esta a aqueles. Isso fica evidente quando se observa as alianças costuradas e viabilizadas na majoritária. É a mesma dança de cadeiras, a velha política de sempre”.
Lourembergue também diz que muitas pessoas tratam seus candidatos “como que de estimação, e o faz sem ter lido e analisado o rosário de suas promessas, e não se perguntam se elas, podem ou não ser cumpridas, e dentro de quais condições”.
Se por um lado os eleitores não têm o discernimento político para avaliar a realidade e fazer uma escolha consciente socialmente, em sua opinião os candidatos apresentam ideias, discurso e propostas, pobres. “Já reascendem as acusações mútuas e a preponderância do achismo. Mas, de todo modo, o votante tem a opção de escolher um entre onze candidatos ao Senado. Alguns deles mais experientes, outros marinheiros de primeira viagem, e entre estes e aqueles, os que pretendem trocar de cargo, antes mesmo da metade dos mandatos para os quais se esforçaram e foram eleitos em 2018, rasgando assim o contrato que firmaram nas urnas com o eleitorado”, dispara o analista.
Outra situação que deve ser analisada pelo eleitor, segundo Louremberque, é que os candidatos à cadeira do Senado formam três grupos. “No primeiro grupo, o Carlos Fávaro (PSD), que conta com os apoios dos primos Eraí e Blairo Maggi e do governador Mauro Mendes. Mas, acredito que parte dos mais de seiscentos mil eleitores que votaram em Selma Arruda se chateou com o ex-vice-governador, e dificilmente votará nele agora, na eleição suplementar”, avalia.
O candidato, Nilson Leitão (PSDB), que se fortaleceu politicamente no seio do agronegócio, e tem como um dos suplentes, o ex-governador Júlio Campos, deve se beneficiar do apoio do senador Jayme Campos e atrair a maioria dos filiados-eleitores do DEM, na visão de Louremberque.
Já o ex-governador Pedro Taques está enfrentando um cenário diferente da eleição vivida em 2010. “As façanhas da prisão do Arcanjo não lhe rendem mais votos. Além do mais, Pedro Taques deixou o governo estadual bastante desgastado”, cita.
Distante deste bloco aparece o grupo intermediário, formado por deputados. O federal José Medeiros (PODEMOS), o deputado estadual Elizeu Nascimento e Valdir Barranco.
E, o terceiro grupo estão Mauro Lara (PSOL), os novatos nas disputas eleitorais, Euclides Ribeiro (AVANTE), Feliciano Azuaga (NOVO), e Reinaldo Morais (PSC), e pelo PATRIOTA, aparece a coronel Fernanda.
Mas Louremberque alerta: “O ser novato no jogo eleitoral, contudo, não faz de alguém um representante da ‘nova política’, nem o seu defensor, uma prova disso é o resultado das eleições de 2018, cuja lista de novatos era bastante grande, porém em nada se diferencia dos chamados políticos tradicionais. Isso significa que não basta trocar a foto do álbum de fotografia”.
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