Da Redação
“Eu não vou desistir do Revalida enquanto não trouxermos a oportunidade desses médicos de ter a revalidação do diploma profissional e poder atuar na medicina brasileira, ainda mais neste momento de pandemia, onde os heróis que trabalham na saúde, médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem estão enfrentando o risco de serem contaminados e precisando se afastar das suas atividades”, disse o senador Carlos Fávaro (PSD-MT) - assinalando a seara grave da pandemia.
O parlamentar pontua que "enquanto Mato Grosso e o Brasil se viram em meio ao colapso do sistema de saúde diante da pandemia provocada pelo novo coronavírus, atuou na busca de soluções para amenizar os impactos da Covid-19".
Considerou que "uma das ações foi articular junto à Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) a conclusão do processo de revalidação do diploma de médicos formados no exterior iniciado em 2018".
Assinalou ainda que "são cerca de mil profissionais que já passaram por avaliações teóricas e práticas e até um ano e meio de atuação em hospitais brasileiros, aguardando somente a aplicação da prova final, prevista, no edital, para 16 de agosto".
“Construímos aqui na UFMT um acordo para que a última fase do processo fosse finalizada, depois de todos os critérios de análise do diploma, primeira prova, um ano e meio de clínica médica em cinco especialidades e agora a última prova pudesse acontecer de forma segura, eficiente. Tivemos contato com a reitoria, oficiamos da importância de colocar esses mil profissionais à disposição do mercado de trabalho, fizemos a intervenção junto ao governador Mauro Mende e ao secretário-chefe da Casa Civil Mauro Carvalho - que não teriam obrigação de intervir no assunto - mas se colocaram à disposição para dar suporte para que essa prova aconteça e traga essa oportunidade de mais médicos estarem no trabalho. A reitoria assumiu o compromisso em fazer esta prova no mês de agosto e até agora não publica o edital de convocação, infelizmente”, detalhou o senador.
Acentuou ainda na análise que "entre junho e julho, período em que Mato Grosso enfrentou a pior situação em relação à covid-19 até então, o Estado passou semanas com a capacidade de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) acima de 90% e com dificuldades para contratação de médicos que permitisse a ampliação de vagas".
Em reunião no Palácio Paiaguás, o reitor da UFMT, Evandro Soares, apresentou as demandas para a realização da prova presencial da última etapa do processo de revalidação dos diplomas dos profissionais formados no exterior. A necessidade era ampliar o número de salas e adotar medidas de segurança sanitária para evitar os riscos de contaminação pelo coronavírus.
No Senado Federal, o debate sobre a necessidade de realização de exames de revalidação de diploma de médicos formados no exterior também ganhou força. No início do mês, foi aprovado o Projeto de Lei que simplifica a revalidação e o reconhecimento de diplomas de ensino superior expedidos por universidades estrangeiras e também a realização do Revalida, em caráter emergencial, inclusive com a possibilidade de aplicação de provas online.
Conforme assessoria do senador, "estima-se que, no Brasil, cerca de 15 mil profissionais formados em instituições estrangeiras aguardam a prova de revalidação para poder atuar legalmente no país. Durante os picos da pandemia, pelo menos sete ações chegaram a ser ajuizadas por estados e municípios para permitir a contratação de médicos formados no exterior sem a revalidação do diploma".
Somente em Mato Grosso, segundo o Conselho Regional de Medicina (CRM), "ao menos 294 médicos foram infectados pela Covid-19 e nove perderam suas vidas", ressaltou.
Com Assessoria
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