Da Redação
Secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, em coletiva à imprensa na manhã desta sexta-feira (19), voltou a pontuar o quadro de extremo alerta acerca das ações e medidas nos próximos dias - em razão dos dados que apontam o aumento vertiginoso do número de casos de covid-19 e de mortes em Mato Grosso.
Em relação ao pedido do Ministério Público Estadual (MPE) junto à Justiça - assinalando necessidade de retorno de medidas restritivas em municípios onde o avanço do coronavírus pode levar a um colapso total do sistema - Figueiredo disse que ainda não havia sido notificado. Mas acentuou alinhamento à solicitação.
Durante a entrevista, o secretário descreveu as ações emergenciais do Estado para conter a onda avassaladora do coronavírus sobre o sistema - que sofre não apenas no quadro de número de UTIs - também no interior de Mato Grosso, mas as problemáticas em torno da aquisição de medicamentos.
Quando comparado ao Estado de Santa Catarina, que possui praticamente três vezes o número de casos confirmados de covid em relação a Mato Grosso, mas com taxa de letalidade abaixo do Estado (menos de 2%) - Figueiredo observou que o cenário de subnotificações pode ser um dos fatores no rol das explicações.
E lembrou que Mato Grosso também já esteve na posição de avanço mais contido da covid. Contudo, admitiu que no Estado a situação é de alerta e pediu apoio da população no que tange ao respeito às regras de prevenção e combate ao vírus.
Confira pontuações do secretário de Estado de Saúde:
- Avaliou normal o pedido do MP e espera que se cumpra
- "As pessoas esquecem. Foi um tumulto quando Cuiabá retirou do plano 60 UTIs"
- "E depois de habilitados pelo Ministério da Saúde – e depois desabilitação – houve estrangulamento do sistema".
- "Importante fazer justiça – o MS habilitou os leitos – pagou antecipadamente – e por isso municípios terão que devolver - 10 em Rondonopolis (citou exemplo)".
- "60 leitos – por decisão única do prefeito e do secretário (de Cuiabá)".
- São 8 em Tangará da serra (UTIs desabilitadas) não tinha condições. Cerca de 6 em Sorriso (Estado) – era inviável – e aí ampliou némero de leitos no hospital em Sinop".
- "Nós pedidos a desabilitação – e agora o MS apenas publicou a portaria para desabilitar"
- "Em Tangará deve disponibilizar 10 leitos próximos dias"
- "Aqui no Estado não teremos apropriação de recursos de forma ilegal – por isso notificamos o MS."
- "De lá para cá ampliamos os leitos, estamos na corrida para avançar – como Rondonópolis com mais 29 leitos. Mais 20 na Santa Casa. Mais 30 no Hospital Metropolitano. Em VG – novos leitos para demais especialidades".
- Citou outros municípios como "Alto Araguaia, Campo Verde, Primavera - mesmo em momento de extrema dificuldade" - em relação às ações para ampliar o sistema de atendimento a pacientes com covid.
Cuiabá
Sobre o pedido de desabilitação de leitos de UTI, a Secretaria Municipal de Saúde esclareceu ontem que:
-O pedido foi para a desabilitação dos leitos de UTI para COVID-19 do Hospital Municipal de Cuiabá. Importante ressaltar que estes 60 leitos continuam sendo utilizados no HMC como leitos de UTI para outras enfermidades;
-O que ocorreu foi que, ao consultar a equipe técnica de enfrentamento ao Covid -19, o prefeito Emanuel Pinheiro concluiu que, nesse momento da pandemia é mais prudente deixar o HMC apenas para o atendimento às demais enfermidades. Fato que inclusive tem desafogado todo o fluxo de atendimento do estado, onde apenas no último trimestre realizou mais de 6.300 atendimentos de urgência e emergência, 2098 cirurgias de média e alta complexidade e teve as UTIs com 100% de ocupação;
-Cuiabá continua com os 55 leitos de UTI do Hospital Referência, 40 do São Benedito;
-Além disso estão sendo criados mais 30 leitos de UTI no Hospital Referência, com a doação dos 20 respiradores que o deputado Emanuel Pinheiro Neto conseguiu com o Ministério da Saúde e os outros 10 respiradores que o Governo de Mato Grosso doou para a Prefeitura de Cuiabá. Com isso chegaremos a 125 leitos de UTI na capital, exclusivos para COVID-19;
-O secretário municipal de Saúde, Luiz Antonio Pôssas de Carvalho explica que o recurso para esses 60 leitos está na conta da Secretaria, aguardando o Ministério da Saúde informar como essa devolução será realizada: se o recurso será devolvido com abatimento do Teto da Média e Alta Complexidade – MAC ou se irá abater do próximo repasse para as UTIs.
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