Da Redação
Pesquisa divulgada pela Fecomércio-MT considera que o "endividamento segue crescendo e a inadimplência caindo - em Cuiabá".
Íntegra do estudo - segundo a entidade:
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) de Cuiabá, realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e analisada pelo Instituto de Pesquisa da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT), apresentou um leve crescimento na quantidade de famílias endividadas na capital, passando de 86,5% em julho para 86,8% em agosto — movimento que ocorre pelo quinto mês consecutivo.
Na prática, endividamento significa ter contas em aberto ou compromissos financeiros a pagar, como cartão de crédito, carnês, empréstimos ou financiamentos. Já a inadimplência ocorre quando essas dívidas não são quitadas dentro do prazo, gerando atraso no pagamento. Essa diferença é importante, pois uma família pode estar endividada, mas ainda não ser considerada inadimplente.
No entanto, o destaque da pesquisa ficou por conta das seguidas quedas na inadimplência. Entre as famílias que possuem contas a vencer, o percentual das que declararam não conseguir pagá-las passou de 16,4% em julho para 15,6% em agosto. Ou seja, o número de famílias inadimplentes caiu de 34 mil para 32 mil, uma redução mensal de 5,36%. Já no comparativo anual, a queda é ainda maior, de 20,8%, quando 41 mil famílias estavam nessa situação em agosto do ano passado.
O presidente da Fecomércio-MT, Wenceslau Júnior, destaca o comportamento de consumo das famílias, que continuam comprando, mas ainda conseguem controlar os gastos. “Agosto registrou redução no número de famílias inadimplentes em Cuiabá, ao mesmo tempo em que o endividamento continua elevado e segue a tendência nacional de crescimento, evidenciando que o crédito tem sido utilizado como estratégia de consumo.”
Quanto ao tipo de dívida, o cartão de crédito permanece na liderança, com 80,5%, seguido pelos carnês (24,6%). São as principais modalidades de consumo, mantendo percentuais próximos aos observados no mesmo período do ano passado. Os financiamentos também aparecem na pesquisa: de veículos, com 4,4%, e de imóveis, com 3,7%, como razões para o endividamento das famílias.
Sobre isso, Wenceslau Júnior explica:
“O predomínio do cartão de crédito e dos carnês como principais fontes de dívida reforça a dependência de modalidades de curto prazo que ampliam o risco, ressaltando a necessidade de organização por parte das famílias.”
Já em relação à queda da inadimplência, conforme análise do IPF-MT, o recuo pode indicar um esforço de renegociação e ajuste financeiro. O percentual observado é o menor desde agosto de 2022, reforçando a capacidade das famílias cuiabanas de arcar com suas contas a prazo.
Segundo a pesquisa da CNC, acerca da possibilidade de quitar as dívidas atrasadas, 46,8% acreditam que irão pagar parte da dívida, enquanto 27,6% avaliam que não vão conseguir. Outros 25,1% afirmam que devem quitar por completo no próximo mês. Em relação ao total de famílias, 4,3% acreditam que não irão quitar suas dívidas — o mesmo percentual do mês anterior.
Com Comunicação Fecomércio-MT

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