Da Redação
A Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) reagiu às "observações" do Governo no cenário de combate ao coronavírus em relação a decretos municipais. O presidente entidade, Neurilan Fraga, pontuou que "discorda das afirmações do governador Mauro Mendes, quanto aos decretos municipais editados pelos prefeitos, tanto no que se refere ao prazo de vigência, como no fechamento do comércio, da indústria e prestadores de serviços".
Fraga ressaltou que "os prefeitos não baixaram decreto com validade de 90 a 120 dias e muito menos fecharam totalmente o comércio local".
Segundo a AMM, eles seguiram o decreto do Governo Federal, as recomendações da Organização Mundial de Saúde e da própria Secretaria de Estado de Saúde. "Ao baixar os decretos municipais, os prefeitos estabeleceram regras com a principal preocupação em preservar vidas, sem contudo prejudicar o setor econômico", assegurou.disse.
Ainda de acordo com a AMM, "em todos os municípios, permaneceram abertos os postos de combustíveis, farmácias, supermercados e outros tipos de atividades econômicas consideradas essenciais". Segundo ele, as indústrias, principalmente as processadoras de alimentos, como também o transporte da produção e de mercadorias, não foram fechados pelos decretos. "Evidentemente os funcionamentos foram permitidos com uma série de recomendações de cunho sanitário", afirmou.
O presidente da AMM disse ainda que a população de municípios menores como de Brasnorte, por exemplo, deve ter o mesmo tratamento e cuidado, que se tem com a população de uma grande cidade, ou mesmo uma metrópole como é o caso de São Paulo. "Além disso, os prefeitos não precipitaram nas suas decisões, para impedir a propagação do coronavírus. Foram prudentes e responsáveis. Acima de tudo, estão cumprindo com a obrigação prevista em lei, que é de proteger a população" argumentou.
Fraga lembrou também que encaminhou mais de um dezena de decretos recebidos dos prefeitos ao secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, para que fossem analisados, e que pudessem complementar o decreto estadual. "Evidentemente que essa ação foi no sentido de colaborar com o governo, principalmente mostrar a nossa preocupação com a pandemia e com os resultados econômicos que ela vem produzindo, além de desmistificar informações distorcidas de que os prefeitos fecharam totalmente o comércio local", observou.
A partir da publicação do novo decreto, o governo assume a responsabilidade pelas ações. E que para Fraga, não deixa de ser uma ação positiva, até mesmo para uniformizar as decisões entre estados e municípios, no que se refere ao combate do coronavírus em Mato Grosso.
O decreto praticamente não restringe as atividades econômicas, com algumas exceções. Recomenda apenas alguns cuidados que o empresariado deve ter. Por outro lado, abre espaço para que a população não cumpra a quarentena, ficando restrito apenas aos grupos de riscos, como os idosos, hipertensos, diabéticos e outros.
A partir de agora, caberá a cada gestor municipal adequar as suas ações de acordo com o que o decreto estadual, que recomenda e colocação de equipes de vigilância para monitorar e fiscalizar as atividades.
Com o novo decreto, as pessoas voltarão as ruas, consequentemente os comerciantes terão de redobrar as suas atenções, e a vigilância municipal terá muito trabalho pela frente. "Quero aqui parabenizar todos os prefeitos que preocupados com a pandemia, adotaram medidas preventivas para combater a disseminação do Coronavírus. Isso é uma demonstração de que são extremamente responsáveis e comprometidos com o bem estar da população".
Com Agência AMM
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