Da Redação
"Ninguém quer fazer greve, que é o grito de socorro para que direitos sejam respeitados." Na análise sobre o quadro de reflexos da greve de uma parcela de trabalhadores da Educação na rede estadual de ensino, ao ser questionado pela imprensa acerca do assunto, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) preferiu não direcionar o foco diretamente no Governo, mas destacou a performance da gestão municipal nesse contexto.
O prefeito considerou as consequências para o município, asseverando que a greve afeta a população.
"Fico angustiado porque pelo menos um terço é de Cuiabá. Muitos pais pedem para mim fazer alguma coisa. Uma greve dessa envergadura afeta a população. Não tenho o que fazer a não ser torcer. Precisa ter diálogo, respeitar a categoria", ponderou.
Indagado sobre o que faria nesse campo "caso fosse governador", Emanuel Pinheiro assinalou: “diálogo, diálogo, diálogo, ficar rouco de tanto ouvir. Eu tenho negociado com o Sintep constantemente, eles são bem intencionados. Eles querem é garantir as conquistas para sua categoria", frisou.
Entretanto, o prefeito reconheceu a extrema dificuldade em relação ao aporte financeiro no caixa público. "Mas tem o limite de caixa. O que não pode é promover desrespeito, não pode não querer conversar, não pode ser truculento. E não estou dizendo que o governador esteja sendo. Estou dizendo que o diálogo é melhor forma. Eu negocio com todas as categorias, e são bem intencionados. Eles sabem que o caixa tem limite, sabem da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) mas precisam de uma conquista, precisam ser valorizados".
Acrescentou ainda que "todo mundo quer melhorar de vida, todo mundo tem um orçamento familiar. Todo mundo trabalha e quer ser feliz, quer ser respeitado, valorizado. Então tem que trabalhar nessa linha tênue e chegar num denominador comum, nem que seja por escalas. Não dá para fazer tudo imediatamente, faça uma proposta de dois anos, um ano, as categorias estão abertas e a educação não é diferente. Eu tenho muito apreço a todas as categorias em especial a educação porque os professores são uns guerreiros e tem direitos estabelecidos em lei".
Estado
Desde o início da greve da Educação no Estado, há 71 dias, o Governo tem ressaltado os esforços para encontrar solução para o impasse. Mas considera a impossobilidade de atender a lista de reivindicações da categoria, pontuando dificuldades financeiras e os limites impostos na LRF.
O Executivo também destaca os problemas gerados ao Estado no contexto de déficit deixado pela gestão Pedro Taques, próximo de R$ 4 bilhões - e as ações que buscam o resgate do equilíbrio fiscal e financeiro.
O Sintep realiza assembleia geral hoje para deliberar sobre o movimento.
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