• Cuiabá, 13 de Setembro - 2025 00:00:00

O TCE se tornou uma ilha de prosperidade para quem está lá, avalia João Edison


Da Redação - FocoCidade

A disputa acirrada nos bastidores à uma cadeira no Tribunal de Contas do Estado (TCE) chama a atenção pelo nível de interesse que leva a um embate velado nos bastidores entre forças políticas de Mato Grosso - sob os "olhares" do Palácio Paiaguás. Nesse cenario, o analista político João Edison descreve a importância do órgão, aponta excessos e assinala: "o TCE se tornou uma ilha de prosperidade para quem está lá".

"Então essa briga, quem quer ir para lá? Não existe em nenhum local do mundo, nenhum um tipo de atividade econômica aqui fora, que daria resultado e retorno econômico como dá lá. Por quê? Porque se transformou numa ilha de prosperidade para quem está lá. Tem que ter o técnico, tem que ter o político, mas não pode ser uma estrutura tão cara, tão pesada e com  poder final tão pequeno em relação àquilo", considerou.

Para João Edison, é preciso compreender que o órgão exerce um papel importante em sua essência, mas a estrutura é questionável. 

"Primeiro não defendo a extinção, acho que o TCE tem que existir, porque ele tem um papel muito importante em relação aos municípios, embora tenha muita coisa para fiscalizar, grande fundamento da existência dele ainda é a existência dos municípios, da forma de organização. Então na forma instrutiva do princípio, eles fazem muito bem a questão de preparação, a cada quatro anos tem um prefeito novo, equipe nova, não sabe nada de nada, e o TCE tem tem feito um trabalho legal nesse sentido."

Estrutura

"Porém, ele tem o poder de apontamento, mas não o poder final. É uma instituição muito grande, extremamente cara, com um poder final muito pequeno. Eu comparo que é o cara que colocou a Ferrari no ponto de taxi se poderia fazer com carro 1.0 e poderia dar um retorno melhor – do que estar fazendo com Ferrari e cobrando preço de ponto de taxi."

É uma instituição muito grande, extremamente cara, com um poder final muito pequeno.

Indicação técnica X política

"A outra questão que defendo é que nem toda indicação tem que ser técnica, porque a relação política dos prefeitos, das Câmaras de Vereadores, do Governador, da Assembleia Legislativa não pode ser vista só do ponto de vista técnico. Tem que ter indicação política sim. Agora, não pode ser essa estrutura, essa ilha de prosperidade, ilha do serviço público, é quase uma Mega-Sena para quem entra lá dentro e o critério de acesso teria que ser modificado, estabelecido um critério basicamente único nesse formato que está aí."

É quase uma Mega-Sena para quem entra lá dentro.

Histórico

"E o histórico de Mato Grosso, o TCE do Estado é um dos menos complexos do Brasil. Temos casos aí que são gritantes, absurdo, a forma como foi feita a indicação e a atuação. Não vamos esquecer que recentemente o Rio de Janeiro teve 100% quase na cadeia, não é? Então precisaria melhorar a questão do critério, continuar com o critério político, reduzir o impacto econômico da manutenção da máquina, que é muito cara, caríssima e diminuir esses proventos que existem lá, e passaria a ter pessoas mais interessadas no trabalho do que na prosperidade e ter uma certa regulação. É um órgão, volto a dizer, importante, defendo a indicação política, mas defendo também que seja dentro desse formato, não do jeito que está."  




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