Da Redação - FocoCidade
Em meio as pontuações e críticas sobre o desempenho da Saúde no Estado, o candidato ao Governo, senador Wellington Fagundes (PR) considerou que "a descentralização na gestão da saúde, em Mato Grosso, é palavra-chave para minimizar a realidade caótica de problemas e proporcionar a resolutividade no atendimento à população".
A análise do republicano ocorreu durante sua participação no debate promovido pelo Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Mato Grosso (Cosems), no hotel Fazenda Mato Grosso, em Cuiabá.
Para o candidatodo PR, não há outro caminho que não passe pela descentralização. “Temos um modelo de gestão instituído que é o tripartite, com recursos oriundos da União, do Estado e dos municípios, esse tipo de gestão requer parcerias para ser efetivo na ponta. Além disso, sem trazer para dentro da gestão os hospitais filantrópicos, as chances de dar certo são menores ainda”, assegura.
Wellington pontuou que os hospitais filantrópicos prestam serviço de alto nível e a custos mais baixos. “Quanto mais parcerias, mais a Saúde estará atuando na área preventiva”. E completou: “quando eu digo parcerias, estou reforçando o apoio às gestões dos municípios, pois essa deve ser a conduta de um governador e eu sou um municipalista convicto”.
O candidato disse ainda que a gestão atual não tem feito a correta destinação dos recursos que chegam de Brasília – sem planejamento – “o que resulta no fechamento de unidades no interior, no padecimento da população e na superlotação das unidades de Cuiabá e de Várzea Grande, por exemplo. “Nesse ‘modelo’ não há dinheiro que chegue”, destacou Fagundes.
Wellington lembrou ainda durante a reunião que os problemas na saúde poderiam ser bem menores e mais administráveis se a nova unidade do hospital universitário da UFMT estivesse em funcionamento. A obra, que tem mais de R$ 80 milhões em conta, já deveria estar em pleno funcionamento, já que o projeto está há quase quatros anos paralisado.
“O novo hospital universitário é um dos melhores projetos em termos de arquitetura e que prevê uma cidade da saúde em seu entorno. Tem dinheiro reservado para isso na conta do Estado e as pessoas estão a cada dia que passa se amontoando no pronto-socorro, atendidas e internadas em macas e morrendo. Não há falta de recursos, o que há é falta de compromisso com a vida das pessoas."
Ele destacou ainda a mobilização que articulou junto à Bancada Federal de Mato Grosso, no ano passado, para liberar mais de R$ 30 milhões para repasse de urgência aos hospitais filantrópicos. Lembrou que "nessa semana, em nova ofensiva em Brasília, esteve reunido com cinco ministros para viabilizar mais de R$ 12 milhões para a Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, onde novamente os profissionais da unidade estão sem salários e o atendimento prejudicado".
Nos discursos, Wellington já anunciou o fortalecimento dos hospitais regionais, e recentemente, disse que vai transformar o hospital municipal de Tangará da Serra em um complexo regional.
Reforçou suas propostas para "valorizar e capacitar os profissionais da saúde; apoiar os municípios nas suas necessidades locais de atendimento no âmbito do SUS; aportar recursos para assegurar o funcionamento do sistema de saúde; fomentar e estimular ações de gestão administrativa para melhorar o atendimento às pessoas; enfrentar a situação de disparidade da distribuição de leitos hospitalares e de UTI disponíveis; revisão do modelo e investimento na regionalização e descentralização dos serviços de saúde no Estado".
Ao final da reunião, assinalou que “só tenho a agradecer essa oportunidade de estar frente a frente, ouvindo as pessoas como sempre faço e especialmente, aqui, com os gestores de saúde dos municípios, os representantes de entidades ligadas a defesa do SUS, os trabalhadores da saúde e os prefeitos”.
Com Assessoria
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