Em coletiva à imprensa na noite desta quarta-feira (20), o governador Pedro Taques (PSDB) rechaçou a decisão do desembargador do Tribunal de Justiça, Orlando Perri, que determinou o afastamento das funções do secretário de Estado de Segurança Pública, Rogers Jarbas, no cenário dos grampos ilegais. Taques avisou que irá recorrer da decisão, além de ingressar com representação contra o desembargador junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Para o chefe do Executivo estadual, o desembargador tem agido como “juiz acusador” o quadro das investigações das escutas clandestinas em Mato Grosso. "Diante dessa notícia de que o desembargador afastou o secretário Rogers, eu voltei de Juara e tomei ciência da decisão. Conversei com os secretários que aqui estavam. Primeiro quero dizer que decisão judicial no Brasil, a decisão judicial tem que ser cumprida e nós vamos recorrer da decisão judicial, o secretário Rogers através de advogado e o Estado está analisando o que pode ser feito. Eu como cidadão, quero expressar o meu respeito ao Poder Judiciário de Mato Grosso. Antes desta entrevista informei ao presidente do TJ que a faria. Agora, como cidadão e governador, não concordo com a decisão arbitrária, teratológica do senhor Orlando Perri", disparou o governador.
Eu sou o governador do Estado de Mato Grosso mas não me tornei o idiota para não entender decisões judiciais.
Destacou ainda a "parcialidade" de Perri no caso da "grampolândia".
"Uma decisão que vem de um juiz imparcial, não. Um juiz parcial, um juiz que está investigando, que está acusando, que está pré-julgando em suas decisões. Veja, ele está em todas as decisões colocando ‘organização criminosa’ porque aí se faz possível a prisão por obstrução à Justiça. Eu sou o governador do Estado de Mato Grosso mas não me tornei o idiota para não entender decisões judiciais. Isso será representado no foro apropriado. Decisões absurdas, nesse caso, chamada e denominada pelo próprio desembargador Orlando Perri de ‘grampolândia’."
Assinalou ainda que "as medidas judiciais serão tomadas. Expresso mais uma vez meu respeito ao Poder Judiciário mas a democracia inclusive nas decisões judicias devem ser debatidas sim. Nós não vivemos na escuridão da ditadura, apesar de o Brasil viver momentos estranhos, em que se prende por denunciação caluniosa e não se remete ao Ministério Público para tomar as providências, que se prende sem a opinião favorável do titular institucional da ação".
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