Da Redação - FocoCidade
A OAB Seccional Mato Grosso, por meio de nota, repudia a declaração do presidente da Associação Mato-grossense do Ministério Público (AMMP), promotor Roberto Turin, que ao entrar no campo da defesa dos valores recebidos por membros do MP e do Judiciário, comparou os proventos aos dos professores.
“A pessoa vem e diz que um promotor de Justiça ganha R$ 28 mil enquanto um professor recebe cerca de R$ 2 mil. Realmente, temos privilégios, mas também ônus que outras carreiras não têm. Passamos por enfrentamentos diários. Estamos falando de profissionais caros. Não são baratos. Passaram a vida toda se dedicando à carreira”, disse Turin ao frisar que considera justos os salários do MP e do judiciário que são legais e moralmente aceitos, conforme publicação do site reportermt.
A OAB acentua que “não se pode, na tentativa de justificar supersalários, tentar comparar o incomparável ou, nas palavras do promotor, “nivelar por baixo” a questão, querendo aquilatar à sua categoria valor maior do que o do profissional da educação”.
Confira a nota da OAB na íntegra:
"Acerca das declarações do presidente da Associação Mato-grossense do Ministério Público (AMMP), promotor Roberto Turin, a Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT), por meio da Comissão de Ensino Jurídico, repudia a desvalorização dos professores e professoras demonstrada pelo profissional.
Não se pode, na tentativa de justificar supersalários, tentar comparar o incomparável ou, nas palavras do promotor, “nivelar por baixo” a questão, querendo aquilatar à sua categoria valor maior do que o do profissional da educação.
A dedicação e formação citadas pelo promotor são frutos de um trabalho ainda maior de formação e dedicação de professores, profissionais esses que merecem sim a valorização e, jamais, serem nivelados por baixo, como se profissionais supérfluos pudessem ser.
Trata-se, justamente, da categoria que mais merece atenção da sociedade no momento de crise ética, moral, política e econômica pela qual o país passa e vem passando através do tempo. Talvez, seja justamente pela falta de observância dos detentores das ações civis e penais coletivas que a população venha sofrendo com a baixa qualidade da educação, em detrimento de categorias que mesmo em tempos como os que vivemos seguem aguerridas na manutenção de privilégios como uma série de auxílios, ou melhor, “penduricalhos”, que se travestem de legalidade para ultrapassar o teto constitucional.
Vale ressaltar que a OAB-MT defende e sempre defendeu um Ministério Público e uma magistratura bem remunerados, conscientes de sua importância e imprescindibilidade. Contudo, a defesa da Ordem é por uma boa remuneração em forma de subsídio, com salários condignos que não necessitem recorrer a auxílios que já não condizem mais com a realidade social do país.
Lamentável que profissionais que se gabam de ter uma educação que os tenha levado a conseguir altos salários, não tenham a capacidade de valorizar os guerreiros professores deste país.
A OAB-MT acredita no poder da Educação e mantém uma constante luta pela melhoria da qualidade do Ensino Jurídico por saber que professores e professoras são a base para se ofertar melhores serviços à sociedade em todas as áreas."
Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT)
Comissão de Ensino Jurídico da OAB-MT


Clarice menezes disse:
21 de AgostoSENTA AO LADO DE UMA CRIANCA E VAI ALFABETIZAR!Ve se aguenta!
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